Home - Região - Oliveira do Hospital - Preocupação com “novos sinais de pobreza” na inauguração do infantário da FAAD

“Os novos sinais de pobreza vão aparecendo por todo o lado. Há muitos escondidos que, muitas vezes por orgulho, chegam tarde ao nosso conhecimento”. A afirmação foi proferida, ontem, pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital por ocasião da inauguração do novo infantário da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD).

 

Preocupação com “novos sinais de pobreza” na inauguração do infantário da FAAD

Imagem vazia padrãoNo dia em que se assinalou o Dia Mundial da Criança, Mário Alves lembrou “todas as crianças que, por esse mundo fora, estão a passar fome e não têm carinho, nem afecto, nem absolutamente nada”e apelou a que, a nível local, todos façam um esforço e estejam atentos para que com o empenhamento do todos se consigam atenuar os efeitos deste problema. “É isto que se nos exige enquanto cidadãos responsáveis”, sublinhou o autarca, notando que é “obrigação” de todos “trabalhar e fazer com que o outro, possa ser tão feliz como nós”.

Na cerimónia de inauguração do novo infantário, Mário Alves justificou o apoio da Câmara de 50 mil euros com o argumento de que “a autarquia faz o que lhe compete e estará sempre disponível para participar nestes projectos, porque visam a melhoria da qualidade de vida das pessoas”. “Estamos cá por obrigação e por dever. É essa a nossa função e ninguém se pode admirar que a autarquia esteja envolvida”, acrescentou o presidente do município, mas não sem antes, ter destacado o apoio financeiro de Serafim Marques, a quem se referiu como “homem de coração enorme e bondade inexcedível que, de forma recatada e sem que ninguém o saiba, está sempre disponível para apoiar quem precisa e as instituições do concelho”. Mário Alves realçou ainda o empenho de todos os oliveirenses, que têm contribuído para a história da FAAD e que fazem “jus” ao fundador da obra, Aurélio Amaro Diniz.

Sobre o novo edifício, o presidente da Câmara referiu que é sinónimo de que o concelho “está a evoluir no tempo, em organização e nas respostas aos problemas sociais”, mas preferiu colocar a ênfase na vertente aprendizagem, por entender que “a capacidade pedagógica” dos que lá trabalham “é muito mais importante do que os meios físicos disponíveis”.

Imagem vazia padrãoA importância da aprendizagem como forma de erradicação da “pobreza infantil” ao nível das carências sociais e cívicas foi também destacada pelo director do Centro Distrital da Segurança Social que realçou o empenho do Estado no apoio à criação de equipamentos sociais, dando o exemplo recente da ARCIAL. Mário Ruivo reconheceu no novo espaço condições necessárias para “melhorar significativamente a resposta de creche”, notando que ao mesmo tempo que “permite a criação de momentos de convívio e incentivo pedagógico”, possibilita “a sinalização de problemas socais em tempo útil e uma intervenção mais eficaz”.

Para o presidente do Conselho de Administração da FAAD a inauguração do novo infantário – também participada pelo pároco local e a representante do Governo Civil – “foi a melhor forma de celebrar o Dia Mundial da Criança”. Sem deixar de fazer uma breve referência ao historial da FAAD e aos que já ocuparam o seu lugar na instituição, Sebastião Antunes destacou os apoios cedidos quer pela Câmara, quer pelo comendador Serafim Marques, bem como a comparticipação de fundos comunitários em cerca de 150 mil euros. Garantiu que o novo espaço, concebido de raiz, comporta os requisitos pedagógicos, de segurança e ambiente.

O infantário da FAAD foi concebido para as valências de berçário, creche, pré-escolar e Centro de Actividades de Tempos Livres e representou um investimento de cerca de 440 mil euros.

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