Correio da Beira Serra

Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital insatisfeito com programa de investimento rodoviário do Governo que deixa IC6 de fora

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital não ficou satisfeito com o Programa de Valorização das Áreas Empresariais lançado pelo Governo, que prevê a construção ou a requalificação de 12 estradas prioritárias para melhorar a ligação de zonas empresariais às grandes auto-estradas, num investimento de 102 milhões de euros que não contempla a conclusão do  IC6. José Carlos Alexandrino, que respondia a uma pergunta dos eleitos do PSD na Assembleia Municipal, diz, porém, que a culpa é do anterior executivo liderado por Passos Coelho, acusando ainda a oposição na autarquia de não estar preocupada com o IC6, mas sim em saber se ele se recandidata ou não à liderança do município.

“As noticias que saíram nos jornais não me agradaram. O grande problema disto é que o seu Governo é que deixou cair o IC6. O engenheiro Rafael [eleito pelo PSD] não está preocupado com o IC6, está preocupado é se eu sou ou não candidato”, respondeu José Carlos Alexandrino, que, no entanto, ao que o CBS apurou, já terá tentado agendar uma reunião com o Primeiro-Ministro, António Costa, o que ainda não terá conseguido.

Para o líder do PSD de Oliveira do Hospital, o Governo ao não incluir o IC6 neste programa de investimentos “é demonstrativo de que não pretende concluir o IC6”. “Ora sendo esta a grande bandeira do actual presidente da Câmara, que já afirmou que só será candidato com a conclusão da obra, se mantiver a sua palavra não será candidato sem o avanço do projecto”, diz João Brito, para quem o próprio José Carlos Alexandrino admite não ter garantias de que a obra será realizada.

O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, que esteve com o Primeiro-ministro na apresentação deste programa de investimento, já tinha referido em Oliveira do Hospital, quando se deslocou à cidade, em Janeiro, para assinar o contrato de adjudicação das obras de requalificação da EN17, que a conclusão do IC6 só se realizaria com apoios comunitários. Não figura, por isso, no actual pacote de investimentos (que com a dotação de verbas para criação e expansão de zonas empresariais chega a um total de 180 milhões), que será feito basicamente com fundos nacionais e é distribuído pela região Norte (112 milhões), Centro (50) e Alentejo (18).

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