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Presidente da CM de Nelas defende conclusão dos IC12 e IC37 e critica atrasos nas acessibilidades

Autarca Joaquim Amaral alerta para impacto no desenvolvimento económico e turístico da região. “A falta de investimento do Estado nestas ligações rodoviárias tem limitado o desenvolvimento económico do concelho”, sublinhou.

O Presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, defendeu ontem, em declarações à agência Lusa, a necessidade urgente de retomar os projectos dos itinerários complementares 12 e 37, que considera “cruciais para o concelho”, quer ao nível da mobilidade, quer no plano do desenvolvimento económico.

“O IC37 é um projecto antigo que nunca saiu do papel e que era crucial para as acessibilidades do concelho, já que liga o litoral à serra da Estrela, o nosso maior destino interno de turismo”, afirmou o autarca social-democrata, sublinhando tratar-se de “uma luta antiga do município”, que “precisa de ser novamente debatida para que possa sair do papel, antes que caia no esquecimento”.

Segundo explicou à Lusa, o traçado previsto do IC37 permitiria a ligação entre a Serra da Estrela e a Auto-estrada 25 (A25), passando por concelhos dos distritos de Viseu e da Guarda, como Nelas, Mangualde, Seia e Gouveia. Essa ligação, afirmou, tornaria “muito mais rápida” a viagem entre Nelas e a capital de distrito, reduzindo o tempo de percurso “para praticamente metade”.

Relativamente ao IC12, Joaquim Amaral lamentou o facto de a via nunca ter sido concluída, situação que levou o município a construir, com financiamento próprio, uma variante urbana com cerca de três quilómetros, com o objectivo de desviar do centro da vila o trânsito, em especial o transporte pesado. A obra, conhecida como Variante de Nelas, implica “manutenções regulares” e resultou de um “investimento significativo, sem qualquer comparticipação do Estado”, frisou.

O autarca recordou ainda ter convidado o ministro das Infra-estruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, para visitar o concelho, antes da demissão do anterior Governo. “O convite continua de pé, para ver no terreno a necessidade destas vias para o concelho”, afirmou.

Durante a reunião do executivo municipal, realizada esta quinta-feira, Joaquim Amaral abordou também o impacto da requalificação da Linha da Beira Alta, cuja obra “já está concluída”, mas que “pode ainda demorar alguns meses” a ser certificada. “Entretanto, o comércio de Nelas foi muito penalizado com o seu encerramento. As obras deveriam demorar perto de um ano e já passaram três”, criticou.

O Presidente da Câmara sublinhou ainda que os trabalhos provocaram “danos nos passeios e acessos, nomeadamente em três pontos” do concelho. A preocupação foi igualmente manifestada pelos três vereadores eleitos pelo Partido Socialista, que levantaram a questão na reunião.

“Não deixaremos que a IP [Infraestruturas de Portugal] abandone a obra sem que esses pequenos reparos e arranjos sejam feitos. Temos vindo a trabalhar nisso, até para não corrermos o risco de demorarem ou de os trabalhos serem adiados por tempo indeterminado”, garantiu Joaquim Amaral.

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