A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital apresentou a terceira edição do projecto Escola Feliz, uma iniciativa que conta com uma equipa multidisciplinar e visa preparar os alunos com mais dificuldades para o início do ano lectivo. O plano, que irá decorrer entre 1 e 10 de Setembro, engloba várias entidades, incluindo o Agrupamento de Escolas e a Associação de Pais, e vai procurar motivar os jovens para a aprendizagem, dando-lhes oportunidades de reforçar, aprofundar ou suprir carências dos conteúdos, trabalhados ao longo do ano lectivo anterior.
“Há uma aposta clara da Câmara Municipal na educação. Estamos a falar de alunos carenciados e com dificuldades. Vamos ajudar a que estas crianças tenham um arranque de ano lectivo em pé de igualdade com os restantes colegas”, referiu a vereadora da Educação da autarquia Graça Silva, adiantando que era notório que estes alunos, no período de férias alargado, perdiam os conhecimentos que tinham adquirido. Os responsáveis do projecto salientam também que um dos objectivos é evitar e prevenir o abandono escolar precoce.
O representante do agrupamento, Artur Abreu, reconheceu que os resultados são encorajadores. “Quando os alunos regressam à escola nota-se que passaram por este projecto”, sublinhou este responsável.
O projecto vai decorrer diariamente de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h00. Os alunos foram seleccionados entre aqueles que apresentaram, segundo o professor titular das turmas de origem, mais dificuldades. O projecto engloba uma assistente social, dois psicólogos, outros tantos professores de educação especial, uma educadora de infância e uma socióloga.
A autarquia vai ainda auxiliar os pais com mais dificuldades e que tenham crianças muito jovens. Vai, por isso, manter em funcionamento, nesta época do ano, em que muitos estabelecimentos do pré-primário estão encerrados, um jardim infância para acolher algumas das crianças mais carenciadas. “Como sabemos as empresas nem todas podem dar férias aos seus funcionários em Julho ou Agosto e entendemos que era necessário encontrar também aqui uma solução”, explicou a vereadora Graça Silva.