Margareth Bourke-White:
1904 Bronx, Nova Iorque
1971 Stanford, Conneticut
Interessada, sobretudo na fotografia Industrial desde 1928, recebeu o seu primeiro grande trabalho da revista Fortune, em 1930. Viajou até à União Soviética onde se tornou a primeira reporter estrangeira a ter uma autorização para fotografar as instalações Industriais Soviéticas.
Margareth Bourke-White foi um dos membros fundadores da revista Life em 1936. Tornou-se assim na primeira fotojornalista feminina da História. A sua fotografia da barragem de Fort Peck foi usada como capa. Esta mesma capa tornou-se um ícone do industrialismo dos anos 30 do século passado.
Em 1946 viajou até à India incumbida pela Life de documentar a luta desse país pela liberdade. Na fotografia de Gandhi realçou a Roça, o simbolo da independência da India, colocando a de forma dominante no primeiro plano.
No final de 1949, a revista Life enviou Margareth Bourke-White em trabalho para a África do Sul durante alguns meses. Aí, numa mina de Ouro perto de Joanesburgo, a uma profundidade de quase 1500 metros e sob calor intenso, tirou uma fotografia a dois mineiros negros encharcads em suor. Ela própria declarou que esta fotografia era uma das suas preferidas.
Depois de ter acabado o curso mudou-se para Cleveland. Vivia num T0 onde tinha um estúdio. Também tinha consigo um portefólio carregado de fotografias de arquitectura que construiu durante a sua estadia na universidade de Cornell.
Depois de ter acabado o curso mudou-se para Cleveland. Vivia num T0 onde tinha um estúdio. Também tinha consigo um portefólio carregado de fotografias de arquitectura que construiu durante a sua estadia na universidade de Cornell.
Em Meados da década de 30, Margareth trabalhou lado a lado com o escritor Erskine Caldwell a fim de documentar as populações rurais pobres do Sul dos EUA. Estas fotografias foram usadas no Livro You Have Seen Their Faces. Esta obra revelou as condições de vida no Sul durante a Grande Depressão.
Em 1945 atravessou a Alemanha a fim de fotografar o rescaldo dos campos de concentração Nazis. Nesta época disse:
Usar a Câmera era quase um alívio. A câmera era uma ligeira barreira entre mim e o horror que se prostrava á minha frente.
Em 1946 foi enviada para o Paquistão e a India a fim de fazer a cobertura de países emergentes. Aí fez muitas fotografias de Gandhi, inclusivamente a fotografia de Gandhy e da sua roca. Gandhi impunha sempre duas condições para ser fotografado: nunca falar com ele e nunca usar luz artificial. Ainda assim, Margareth Bourke-White convenceu Gandhi a usar 3 lâmpadas porque estava muito escuro. Três horas depois desta sessão fotografica, Gandhi era assassinado por um extremista hindu. Margareth Bourke-White tornou-se assim uma das últimas pessoas a fotografar Gandhi com vida.
Depois de 1957, Margareth Bourke-White não podia continuar o seu trabalho para a Life devido às condicionantes impostas pela Doença de Parkinson.
Faleceu em 1971.
Fonte:
Vários, Fotografia do Século XX, Taschen, Colónia, 2005