Home - Opinião - Quebrar rotinas no Benfica. Autor: João Dinis, Jano
Oliveira do Hospital empata, Nogueirense perde em vésperas de derby oliveirense

Quebrar rotinas no Benfica. Autor: João Dinis, Jano

Há muito quem pense que treinar bem é treinar muito as repetições de lances ditos de “laboratório”.  Puro engano que o futebol brilha mais quando foge à régua e esquadro.  Viv’ ó improviso ! Treine-se o improviso e o imprevisível !…

Enfim, com maior serenidade, diga-se que, como em quase tudo na vida, o segredo está na dose, no caso na dosagem das componentes do treino e na interacção entre o treino individual e o treino em colectivo. Só que isto do jogo da bola a que, na era da indústria, se chama futebol, isto não é como quem faz uma  caldeirada, sequer como quem faz um bolo…  Aliás, cada jogo deve ter a sua própria “receita” em que o tempero é, claro, à base de suor…

Devo afirmar que no tempo da táctica do “WM” a do 2 x 3 x 5 –  salvé os “5 violinos” do Sporting ! – o jogo da bola deve ter sido muito interessante e até “sexy” pois proporcionava muitos golos – e o golo é o clímax do jogo da bola –  com 5 avançados de cada lado virados para as balizas adversárias, embora o posterior – 4 x 2 x 4 – se lhe tenha aproximado antes do “recuo” para o – 4 x 3 x 3.

Esta equipa do Benfica faz o que pode (e o que a deixam fazer).

 De facto, a actual equipa de futebol do Benfica faz o que pode dado o valor do conjunto das suas individualidades apreciadas uma a uma. E aquilo que daí resulta, digamos que é o resultado possível.  Mas pedirem-nos “paciência” não serve o fervor de um adepto…

O Benfica tem que ser treinado para deixar de depender tanto de dois jogadores de idade “avançada” como são Di Maria e Otamendi e apesar destes serem, ambos, campeões do mundo pela Argentina e terem ganhado quase tudo o que há para ganhar aos pontapés e às cabeçadas à bola.  Eles são bons mas não vão aguentar jogar o tempo todo nos jogos todos e em várias competições.  Donde…

Para ir mais ao concreto, Tomás Araújo deve passar a jogar na posição de armador-recuado, mas à frente dos dois centrais – é rápido, tecnicista, com grande visão de jogo e jeito para provocar rupturas – caso continuemos a jogar com 4 defesas na linha da defesa a seguir ao guarda-redes. Atenção que o –          3 (centrais) x 4 x 3 (ou 3 x 5 x 2) – exige uma dinâmica brutal para os dois “supostos” defesas laterais, só aconselhável com futebolistas-atletas foras-de-série nessa posição.

A segundo central, ao lado de Otamendi, deve regressar o Antóno Silva que só desvaloriza no banco. No meio campo deve entrar o Meité.  O Kokçu deve ir descontrair para o banco…  Florentino já mostrou que serve bem para defender resultados mas serve menos bem para os construir,  Só tem “um carreto”,,,

O grego Pavlidis, ponta de lança, farta-se de trabalhar mas precisamos é de um avançado que marque golos. O alemão Beste tem nome de grande jogador (George Best) mas precisa de jogar mais e melhor.  O guarda-redes Trubin esteve bem neste jogo com o Bolonha mas o guarda-redes deles, esse é fora-de-série…

Lá está, quebre-se as rotinas e experimente-se.   Experimente-se antes que o que já não anda bem corra pior…

 

 

Autor: João Dinis, Jano

(Treinador de sofá)

LEIA TAMBÉM

Assembleia da República agora no bom caminho para aprovar a desagregação da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira (Oliveira do Hospital). Autor: Autor: João Dinis

A 8 de Janeiro, um conjunto de 70 Deputados(as) em representação de 6 Partidos com …

O Norte esquecido da Serra da Estrela: entre o abandono, a miséria e a falta de acção dos políticos

O Norte da Serra da Estrela, abrangendo concelhos como Celorico da Beira, Gouveia, Seia e …