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Região Centro com falta de camas e médicos nos cuidados intensivos

A Região Centro tem apenas 75 camas de cuidados intensivos. Um número considerado insuficiente pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRC) que aponta a necessidade de 103 camas. Também o número de médicos nesta especialidade é escasso. Existem apenas 31, quando o número indicado seria de 65 médicos intensivistas, revela hoje uma nota da SRC.

“Tem havido um total desprezo, nos últimos anos, em relação aos doentes mais críticos”, denuncia o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. Carlos Cortes revela mesmo que tem recebido “com enorme preocupação” inúmeras queixas em relação às dificuldades prementes da Medicina Intensiva na região Centro. “A existência de poucas camas e poucos profissionais nos cuidados intensivos demonstra a irresponsabilidade, nos últimos anos, pelos doentes que enfrentam as situações mais agudas e graves”, frisa Carlos Cortes, para quem “esta especialidade é crucial para a prestação de cuidados de saúde aos doentes em estado crítico”.

A inexistência de camas de cuidados intermédios (nível II) na região é outra das maiores carências e “gera desigualdades gritantes” em relação às outras regiões. Para a região Centro, entende Carlos Cortes, seriam necessárias 103 camas e 90 intensivistas para atingir taxas de camas intensivas e intermédias semelhantes às regiões Norte e Sul.

Na região Centro – onde vive 17 por cento da população de Portugal Continental – apenas o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra é referenciação neurocrítica e total para todos os hospitais desta zona do país. “Este é um sinal grave. A rede de referenciação deve pugnar para que todos os cidadãos sejam tratados de forma equitativa, independentemente da localização geográfica e unidade de saúde”, explica Carlos Cortes sublinhando que para além da carência significativa de camas, há ainda os constrangimentos da falta de recursos humanos. “É urgente formar intensivistas na região Centro”, remata.

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