O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, visitou esta manhã o início das obras de requalificação da Estrada Nacional 17 entre o nó de Tábua e o limite do concelho de Oliveira do Hospital, com o concelho de Seia, no distrito da Guarda. Trata-se de um investimento de um investimento de 2.196.131,20 milhões de euros numa extensão de 17,183 km e que terá um prazo de prazo de execução de 270 dias. A visita foi publicitada na página oficial do município no Facebook, uma atitude que já mereceu criticas por parte do candidato à Assembleia Municipal da coligação liderada pelo CDS/PP, Luís Lagos, referindo que com esta atitude “perde a democracia e fica ferida a legalidade”.
A obra, que já tinha sido adjudicada em Janeiro pelo ministro das Infra-estruturas, Pedro Marques, à empresa Construções Carlos Pinho, de Arouca, só hoje entrou em obra, alegadamente devido à preparação de obras complementares de saneamento em Galizes e, em particular, a substituição de uma conduta entre aquela localidade e Lourosa. José Carlos Alexandrino referiu que esta obra peca por tardia e, pediu, por isso desculpa ao oliveirenses porque este é um problema “que já deveria ter sido resolvido há mais tempo”.
“Mas há atrasos que são bons”, explicou em declarações recolhidas pela Rádio Boa Nova, alegando que em causa está a resolução de um problema de saneamento que nunca ninguém tinha resolvido. O autarca voltou mais uma vez a garantir que não deixará cair a luta pelo IC6 e, assegura que irá recordar o primeiro-ministro, na próxima quinta-feira, na visita que António Costa vai realizar ao concelho. José Carlos Alexandrino assegura, segundo a mesma rádio, que o IC6 terá que ser a “grande obra do próximo mandato” para o qual espera ser eleito, já que a prioridade do seu projecto político para os próximos quatros anos é “o desenvolvimento económico e a fixação de jovens”. Prometeu também alertar o governante para a necessidade de também a EN230, entre Vendas de Galizes e Vide (concelho de Seia) ser motivo de preocupação e necessitar de uma requalificação que poderá rondar um investimento estimado em um milhão de Euros.
Luís Lagos critica utilização de meios de comunicação própria do Município para publicitar visita do autarca
A publicidade dada a esta visita do autarca às obras mereceu criticas por parte do candidato à Assembleia Municipal da coligação liderada pelo CDS/PP, Luís Lagos, para quem este tipo de situações não devia ocorrer e lembra a lei que rege os actos eleitorais. “Não basta proclamar que, hoje, o tempo que vivemos em Oliveira do Hospital é diferente do que acontecia no passado onde existiam tentações totalitárias. Como todos os políticos sabem, existe um dever de ‘neutralidade e imparcialidade das entidades públicas, constante do artigo 41.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, designadamente no sentido de os meios de comunicação própria do Município deverem reflectir o carácter colegial do órgão’ e não se utilizarem os meios do município para efeitos de propaganda política em época de confronto eleitoral”, frisa na sua página pessoal do Facebook. “A página do município de Oliveira do Hospital não pode e não deve ser utilizada para promoção de uma ou outra candidatura. Fica mal a quem o faz, perde a democracia e fica ferida a legalidade”, rematou.
Foto: página oficial do facebook do municipio de Oliveira do Hospital