Um amigável, um englobado no Torneio de Coimbra e agora esta partida a contar para o torneio António Pratas. Nos dois primeiros a Académica acabou por vencer, restava ao Sampaense tentar finalmente a vitória, desta vez numa competição oficial.
E foi com essa vontade que os beirões entraram em campo, muito fortes em todos os sectores e a dominarem o início da partida de forma eficaz e competente. No primeiro período chegaram a estar a vencer por 16 pontos, facto que levou a equipa de Coimbra a algum desnorte colectivo. Concentrados e com grande acerto ofensivo os visitantes acabaram o primeiro período a vencer por 12-24.
Como nestas coisas do basquetebol o estatuto tem algum peso, foi com a colaboração da terceira equipa em campo que a equipa da casa conseguiu equilibrar o jogo. São situações destas que causam desconforto e desorientação nos adversários e a história deste jogo conta-se muito neste segundo período.
Ao não ter capacidade de reacção frente a uma situação anormal num jogo que se esperava limpo, o Sampaense acabou por perder a concentração que lhe tinha dada a vantagem nos primeiros dez minutos de jogo e, juntamente com algum desacerto defensivo, foi para o intervalo a perder por 3 pontos.
Na segunda metade os visitantes não conseguiram reagir e fruto de uma prestação menos conseguida acabaram por ver a Académica dilatar a vantagem no marcador.
Os homens comandados por Cláudio Figueiredo padecem ainda de algumas patologias de início de época e a sensação que muitas vezes fica em campo é de alguma falta de solidariedade entre o grupo, motivo que leva a alguma distância entre as unidades em campo. Ainda assim será de destacar a boa prestação das 3 unidades estrangeiras da equipa de S. Paio de Gramaços.
Sampaense 98 – T. Basket 91
No domingo o Sampaense recebeu os açorianos do Terceira Basket, equipa da Proliga, e a equipa beirã estava avisada que somente a vitória evitaria um dos últimos lugares do grupo.
Com alguma surpresa os visitantes começam o seu jogo muito fortes e com o objectivo claro de ganhar a partida. O Sampaense, defensivamente muito frágil, permitiu que o seu oponente concretizasse com alguma facilidade, embora no que toca a médias de altura, a equipa visitante ficasse muito aquém dos jogadores da casa.
Após um início mais tremido, viu-se uma boa reacção por parte do Sampaense que terminou o primeiro período a vencer por 7 pontos.
No segundo período a produção da equipa da casa voltou a cair, a desconcentração tomou conta dos jogadores beirões e foi nítida a facilidade com que os visitantes conseguiram passar para a frente no marcador. Neste segundo período as unidades estrangeiras do Sampaense estiveram a maior parte do tempo no banco, de forma a tentarem repor os seus níveis anímicos e físicos.
Após o intervalo a equipa da casa transfigurou-se e entrou autoritária no jogo, fazendo valer os seus pontos fortes, sobretudo o seu jogo interior. Com naturalidade o Sampaense apresentou-se mais rápido e eficaz nas transições atacantes, foi mais pressionante na defesa e sem surpresa recuperou vantagem no marcador. O Terceira nunca desistiu, foi coerente durante todo o jogo e apresentou um basquetebol rápido e sólido.
No último período os visitantes tentaram reagir e dar a volta aos acontecimentos mas sem sucesso uma vez que a equipa da casa conseguiu manter os seus níveis de concentração numa toada regular e ao mesmo tempo viu-se surgir na partida a qualidade individual de alguns jogadores da formação de S. Paio de Gramaços.
O jogo terminou com a vitória da equipa da LPB, mas se os jogadores do Sampaense têm alguma aspiração para esta época alguns pontos terão de ser revistos uma vez que é impensável sofrer 91 pontos de uma equipa que joga num campeonato inferior e tem no seu plantel somente um estrangeiro.
O Terceira Basket foi um digno vencido tanto pela sua prestação enquanto equipa, tanto pela forma justa como disputou o jogo.
PNV