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Santa Casa reforça “centralidade” de Oliveira no apoio à deficiência

 

… os dois milhões de Euros, reforça a “centralidade” do concelho na área da deficiência.

São elevadas as expectativas em torno da obra que está a ser construída em Galizes, por iniciativa da Santa Casa da Misericórdia. Em causa está um projeto destinado a suprir uma carência que é nacional e não apenas da instituição que está longe de conseguir responder à lista de espera que é bastante grande. “Vai dar uma forte ajuda nesse sentido”, afirmou ontem o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Galizes na visita à obra que tem conclusão prevista para dezembro e se traduz num investimento próximo dos 2,1 milhões de Euros.

A ganhar forma estão o futuro lar residencial (36 utentes) e a residência autónoma (cinco utentes) considerados prioritários pelo governo e por isso financiados pelo Programa Operacional de Potencial Humano. Porém, em causa está a maior obra em curso no concelho oliveirense que exige um “esforço financeiro” à Santa Casa da Misericórdia de Galizes, que se vê a braços com um investimento próprio na ordem de meio milhão de Euros.

“Tem consumido grande parte do nosso esforço financeiro”, confidenciou Bruno Miranda , não deixando porém de se regozijar com a construção de uma obra que já “ansiava há vários” anos e que, para além de prestar o necessário apoio a utentes deficientes, possibilitará a criação de perto de seis dezenas de postos de trabalho. Uma realidade apenas dependente da postura que o Estado vai assumir após a conclusão dos trabalhos e que está diretamente relacionada com os acordos de cooperação indispensáveis para a entrada em funcionamento das novas estruturas. “Esperamos que o Estado cumpra com a sua obrigação”, sentenciou o provedor que se revelou confiante na colaboração do governo, visto que “não é viável para o país investir em obras e depois não lhes dar o devido uso”.

Convicções partilhadas pelo vice presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que disse não esperar outra postura do Estado que não fosse a de “alocar recursos financeiros para edifícios que ajudou a construir e equipar”. “É da mais elementar justiça e razoabilidade”, considerou José Francisco Rolo, recordando estar em causa uma área considerada prioritária pelo Estado.

Do mesmo modo, o também vereador da ação social deu conta da disponibilidade da autarquia para apoiar a Santa Casa no esforço financeiro a que tem estado sujeita. Um apoio que o município considera mais do que justificado pelo contributo que a obra dá a uma “centralidade” que emerge em Oliveira do Hospital na área da deficiência.

“Oliveira do Hospital criou aqui um mini cluster ou uma grande centralidade na área da deficiência”, afirmou José Francisco Rolo, reportando-se diretamente à importância que o concelho, através das duas instituições – Santa Casa e ARCIAL – tem na área de apoio à deficiência. Uma centralidade que o vice presidente não pretende deixar esmorecer, entendendo haver caminho para que Oliveira do Hospital se torne num “centro especializado de apoio a pessoas portadoras de deficiência. “O objetivo é continuar a aprender e a inovar”, referiu o responsável, destacando a possibilidade de, por via da ESTGOH e outras escolas e centros de investigação, se transformar o concelho num “cluster ao nível da formação de recursos humanos”.

Um objetivo que, referiu, não vem do nada, já que Oliveira do Hospital prima por ter uma forte economia social da qual fazem parte recursos humanos devidamente qualificados e especializados, num total de seis centenas.

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