Home - Politica - Social democrata quer lei das finanças locais “a cortar mais nos grandes do que nos pequenos”

Social democrata quer lei das finanças locais “a cortar mais nos grandes do que nos pequenos”

 

… “se o corte for igual para todos, o interior continua a pedir cada vez mais”.

O social-democrata na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital revelou-se esta manhã preocupado com aquilo que vai ser a lei das finanças locais.

Mário Alves questionou o seu sucessor na presidência da autarquia oliveirense se já tinha em sua posse uma proposta do projeto da nova lei, para que o executivo possa “discutir e mandar uma posição relativamente à futura lei”.

“Não vou ser candidato a coisa nenhuma, mas tenho o direito de defender o melhor para a autarquia e para Oliveira do Hospital”, justificou o vereador da oposição, entendendo que a Câmara se deve pronunciar sobre o assunto e remeter a sua posição “ao homem das licenciaturas várias”.

O que Mário Alves pretende evitar é que os cortes previstos pelo governo ao nível do financiamento às autarquias não seja igual para todos os municípios, porque se tal não vier a acontecer “continuamos a pôr o interior a pedir cada vez mais”.

“Os pequenos municípios devem-se unir e defender uma lei que corte mais nos grandes do que nos pequenos”, considerou Mário Alves, avisando que neste processo a Associação Nacional de Municípios tem “uma visão generalista da lei, não estando preocupada com os pequenos municípios”.

Alves alertou para a tendência da redução das receitas próprias dos municípios, que no interior também se deparam com o agravamento dos custos sociais decorrentes do baixo nível de vida das pessoas. “ É preciso ter uma grande tónica social nos tarifários de água e esgotos”, exemplificou o vereador da oposição na autarquia oliveirense, que na certeza dos cortes das transferências do Estado para as autarquias, perspetiva momentos difíceis para os municípios.

“Se o corte for de 25 por cento abafa as autarquias do interior”, avisa, notando que em face daquele cenário, os presidentes de Câmara passarão a ser “regedores”.

Cortes que o vereador Paulo Rocha dá, praticamente, como certos na gestão autárquica, com a agravante de o município, devido à sua confortável situação financeira, ser obrigado a colaborar para um fundo de estabilização financeira, de cariz solidário, destinado a apoiar os municípios devedores.

“Valeu a pena para os municípios que andaram a cometer infrações”, considerou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, criticando que, afinal, “os infratores” sejam beneficiados. Uma situação que José Carlos Alexandrino considera “desmotivante” para quem está à frente dos municípios.

Ainda que sem certezas quanto à nova lei das finanças locais, o presidente da Câmara não tem dúvidas de que, na próxima campanha eleitoral autárquica, os candidatos “poderão prometer muito”, mas “estarão limitados àquilo que são as receitas dos municípios”.

LEIA TAMBÉM

As eleições, o regresso dos falsos profetas e as “quedas dos serviços públicos da região e do denominado ‘Deus Sol’”. Autor: Fernando Tavares Pereira

Mais eleições, mais promessas que, na realidade, não passam de uma miragem como em sufrágios …

Pedro Nuno Santos promete eliminar todas as portagens nas antigas SCUT do interior e Algarve

“Nós fizemos uma maldade a grande parte do território. Não tínhamos esse direito”. O secretário-geral …