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Tondela lança projecto-piloto de recolha de biorresíduos porta-a-porta

O projecto-piloto de recolha porta-a-porta de biorresíduos alimentares em restaurantes, cafés, cantinas escolares e habitações no concelho de Tondela será implementado durante o primeiro semestre do ano, permitindo desviar cerca de 200 toneladas de resíduos de aterro.

O anúncio foi feito pela presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carla Antunes Borges, durante a apresentação pública do projecto “Sou resto, mas ainda presto”, uma iniciativa conjunta do município e da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB). A cerimónia decorreu no Mercado Velho de Tondela e contou com a presença de vários autarcas locais.

“Este é um projecto que mudará o paradigma da recolha e selecção de resíduos”, afirmou a autarca, acrescentando que o objectivo é que o “Sou resto, mas ainda presto” se inicie até ao final do primeiro semestre de 2025. O projecto abrangerá a recolha de biorresíduos alimentares domésticos e não domésticos porta-a-porta, envolvendo, no caso de Tondela, 50 produtores não domésticos, entre cafés, restaurantes e cantinas escolares, e 129 habitações.

Todos os utilizadores receberão um contentor castanho para a separação dos resíduos, sendo a adesão ao serviço gratuita.

Numa fase inicial, o projecto será implementado nas zonas mais densamente habitadas: Quinta da Ínsua (49 casas), Quinta do Espinheiro (35) e Urbanização Bela Vista e Rua Frei Bernardo Castelo Branco (45).

“Nas zonas mais rurais, já existe uma prática ancestral de tratamento de biorresíduos. Por isso, optámos por intervir nas áreas de maior concentração de produção e onde a capacidade de tratamento local é mais reduzida, para garantir uma resposta mais próxima e eficaz”, justificou a presidente da câmara. A sustentabilidade do sistema e da operação foi também um critério decisivo na escolha das zonas-piloto.

A autarca destacou ainda que o projecto está alinhado com o Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) 2030 e defendeu que esta iniciativa “melhorará a qualidade de vida da população e garantirá a sustentabilidade do território”.

Recolha a cargo do Planalto Beirão

A recolha dos biorresíduos será da responsabilidade da AMRPB. Os contentores dos produtores domésticos serão esvaziados três vezes por semana e os dos produtores não domésticos duas. Cada utilizador deverá colocar o contentor à porta nos dias de recolha. Estima-se que, no primeiro ano de funcionamento, se realizem 21.216 recolhas no concelho, permitindo desviar 184 toneladas de resíduos de aterro.

Os contentores estarão equipados com tecnologia que permitirá monitorizar o processo em tempo real. “A adesão dos utilizadores será determinante para o sucesso do projecto. Sem essa colaboração, desperdiçar-se-iam recursos”, alertou José Portela, secretário-executivo da AMRPB.

O responsável destacou ainda que Tondela é o único município do Planalto Beirão a implementar três zonas distintas de recolha de resíduos domésticos, enquanto os restantes municípios iniciarão com uma ou duas.

Caso o projecto se revele bem-sucedido, será alargado a mais zonas do concelho e aos restantes 18 municípios da AMRPB, abrangendo, no total, 930 habitações e 838 estabelecimentos.

A expectativa é que, após a expansão, se desviem de aterro 2.813 toneladas de biorresíduos alimentares, os quais, após valorização, poderão ser utilizados para a produção de electricidade. O projecto representa um investimento global de 3,5 milhões de euros, financiado por fundos europeus.

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