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Trabalhadores de ‘call center’ em Seia vão parar 48 horas contra despedimento colectivo e alteração de horários

Os trabalhadores da empresa Synchro, que opera no ‘call center’ da SU Eletricidade, em Seia, iniciaram hoje uma paralisação de 48 horas para contestar o despedimento colectivo de sete colegas e a alteração de horários.

O protesto iniciado às 00h00 horas de hoje inclui hoje uma concentração em piquete de greve à porta da empresa, situada na Praça da República, no centro histórico daquela cidade do distrito da Guarda, das 10h00 às 13h00, para denunciar publicamente a situação, disse Andrea Figueiredo, delegada sindical à agência Lusa.

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte (SITE CN), afecto à CGTP, segundo o qual esta acção é um grito de alerta dos trabalhadores em defesa dos seus postos de trabalho.

“O despedimento colectivo abrange sete dos 18 trabalhadores da Synchro em Seia e foi oficializado na véspera de Natal. Os colegas a despedir receberam a carta a 24 de Dezembro [de 2024]”, referiu a representante dos funcionários desta empresa do grupo Egor.

Andrea Figueiredo acrescentou que a greve de 48 horas, até às 23h59 horas de terça-feira, surge “para contestar este despedimento colectivo e por causa dos horários que a empresa quer mudar, afectando a vida familiar e pessoal destes trabalhadores, algumas das quais estão há 17 ou 16 anos com o mesmo horário”.

“Por pessoas que estão habituadas a sair às 18h00 a fazer, por exemplo, o horário até às 20:00, quando fecha a linha, vai transtornar muito a sua vida, até porque a maior parte dos trabalhadores são mulheres com filhos”, considerou a delegada sindical do SITE CN.

“Estamos todos unidos e solidários com os que estão para ser despedidos e com os onze que vão ficar, que contestam a alteração dos horários”, afirmou a sindicalista, que se disse “optimista” quanto à adesão dos colegas à greve.

Para Andrea Figueiredo, esta paralisação de 48 horas na Synchro surge para “fazer com a empresa reverta estas medidas”.

“Vamos ver o que esta paralisação vai causar, depois logo se vê o que fazer se não tiver efeitos”, acrescentou.

Segundo o SITE CN, numa nota enviada à agência Lusa, a acção destina-se a condenar o avanço da empresa para um despedimento colectivo, a defender o direito de conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal e a combater a precariedade no trabalho.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte alertou ainda que este despedimento colectivo acontece num concelho que já tem muitas dificuldades ao nível da oferta de emprego.

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