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O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra agendou para 11 de Abril, às 14h00, a audiência prévia relativa aos processos interpostos por três empresas do Grupo Tavfer contra a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, a Câmara Municipal de Tábua e outros organismos do Estado. Em causa estão desacordos sobre verbas indemnizatórias na sequência dos incêndios de Outubro de 2017.
O líder do Grupo Tavfer, Fernando Tavares Pereira, sublinha que “estes casos provam que, mesmo demorando, há sempre um momento em que chega a possibilidade de ser feita justiça e de quem foi vítima dos incêndios ser ressarcido”. O empresário recorda ainda que este processo já deu origem a uma acção criminal contra o antigo ministro Capoulas Santos, por alegada difamação contra si e contra as empresas do grupo. “Mas decidi perdoá-lo”, conta.
Fernando Tavares Pereira, que mantém outras acções em tribunal através do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), refere que “há milhares de pessoas que continuam sem receber aquilo que lhes foi prometido, tanto pelo Governo de António Costa como pelo próprio Presidente da República”. “Temos todos esses processos em tribunal e aguardamos que também cheguem a julgamento, permitindo que seja feita justiça a estas vítimas dos incêndios, muitas das quais nunca receberam qualquer tipo de apoio. Estas pessoas são vítimas, não são culpadas. Muitos continuam sem ser ressarcidos e sem que lhes sejam devolvidas as habitações consumidas pelas chamas. Houve quem tivesse casa e ficasse sem nada e ainda hoje não a tem, enquanto outros, que não tinham casa, acabaram por recebê-la”, conclui.
