Home - Opinião - Um, dois, três…e vem aí o quarto… Os políticos deviam ser impedidos de fazer promessas que só servem para colocar o povo a bater palmas. Autor: Fernando Tavares Pereira

Um, dois, três…e vem aí o quarto… Os políticos deviam ser impedidos de fazer promessas que só servem para colocar o povo a bater palmas. Autor: Fernando Tavares Pereira

Há políticos que, praticamente a um ano das eleições, começam a aumentar as suas promessas na tentativa de elevarem as expectativas do eleitorado. Juram que estão na política apenas para defender os “interesses” do “seu povo”. Meras palavras que já sabem não ser para cumprir. Há, por exemplo, quem ao longo de três mandatos repetisse até à exaustão o compromisso com aquilo que sabia não ir executar. São estes políticos desastrados e irresponsáveis que vão alimentando, com as suas atitudes, o mau estar entre a população e os políticos. Esta gente devia ser impedida de fazer promessas que só servem para colocar o povo a bater palmas.

A nossa região, infelizmente, é fértil nesta classe de políticos que tudo prometem e pouco fazem. São aqueles que se rendem facilmente ao conforto lisboeta ou onde quer que sejam colocados. Esquecendo-se rapidamente de quem os elegeu e das muitas promessas feitas. E sentem-se confortáveis com estas atitudes.

Em Oliveira do Hospital, só a resiliência das famílias e dos empresários consegue disfarçar, com muito sacrifício e empenhoo abandono a que foram votados pelos seus políticos. O anterior autarca que muito prometeu, mas pouco cumpriu, deixou um concelho mais empobrecido e abandonado. O concelho perdeu população que procurou noutros municípios as oportunidades que lhe faltavam em Oliveira do Hospital. Viu também sair do seu território várias valências. Da justiça, por exemplo, ficou apenas um tribunal só para casos menores. E a saúde é o caos que se conhece, obrigando os doentes urgentes a deslocarem-se para Seia ou para Arganil.

Seria bom que todos os responsáveis estivessem dispostos a realizar um debate frente a frente para as pessoas serem esclarecidas. A população merece saber a verdade. Da minha parte asseguro, desde já, que estarei disponível para discutir o passado, o presente e o futuro de Oliveira do Hospital, onde tenho empresas instaladas há mais de quatro décadas.

Apontámos aqui algumas das lacunas de que padece Oliveira do Hospital, mas há mais e poderíamos ir assinalando por aí fora um, dois, três casos… vejamos…

Um: Casa da Cultura – Um caso, no mínimo, insólito. O presidente da autarquia assegurou, em 2016, que no ano seguinte, e depois de investidos 1,5 milhões de euros, seria inaugurado o novo espaço. A verdade é que, seis anos depois, as obras não estão concluídas e o responsável fala disto sem qualquer pudor.

Doiszonas industriais ­– Uma continua em obras, sem acessos dignos, que nunca terá, porque se perdeu a oportunidade, e outra nunca viu a luz do dia. Esta última prometida para a freguesia de Nogueira do Cravo. Deveria ser um polo industrial, comercial e de serviços, mas nunca saiu do papel, travando o desenvolvimento do concelho e acelerando a desertificação. Lamentável.

Três: desporto – Alguém dizia que de desporto percebia, só que na verdade, mesmo aí, não esteve à altura do desenvolvimento desportivo do concelho de Oliveira do Hospital. As promessas, também nessa área não passaram disso mesmo. As infra-estruturas estão obsoletas, muito aquém do desempenho demonstrado pelos nossos atletas. O Gimnodesportivo é curto para as modalidades e o estádio municipal não serve para o presente e coloca em causa o futuro. Havia a promessa de se deslocalizar o recinto municipal para um local com espaço, onde se poderiam desenvolver outras infra-estruturas de apoio ao desporto, entre as quais a construção um gimnodesportivo, que permitissem o desenvolvimento do futebol e de outras modalidades desportivas. Nada disso foi feito. E, pasme-se, a autarquia propõe-se agora gastar cerca de um milhão de euros no actual estádio, mas sem o dotar, pelo menos, de condições para acolher os jogos seniores do FC Oliveira do Hospital. É, no mínimo, um péssimo acto de gestão dos dinheiros públicos.

Quatro: O IC6, IC7 e IC37 – Três Mandatos. Tantas promessas. Tantas mentiras que o povo já está a levar a mal. O final do IC6 encontra-se fechado num pinhal. Os acessos a Oliveira do Hospital, e também ao Norte da Serra da Estrela, se esqueceu. Levem para lá uma concertina, porque com tantas mentiras, o “meu povo” também já por isso deu. Vamos tocar, vamos bailar, porque infelizmente há muitos anos com este povo e região andam a brincar. Às famílias e empresários oliveirenses a paciência já está a faltar. O que muitos problemas a Oliveira do Hospital e à região pode causar.

 

 

 

Autor: Fernando Tavares Pereira

 

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