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“A cabeça de lista por Coimbra do PS, Marta Temido, nem financiamento conseguiu trazer para a construção da maternidade de Coimbra”

A líder da lista de candidatos a deputados do PSD por Coimbra considera que tem encontrado na rua uma vontade de mudança por parte das pessoas e não tem dúvidas que Rui Rio será o novo primeiro ministro. Mónica Quintela tece, em entrevista ao CBS, fortes críticas ao estado em que o PS e a cabeça de lista por Coimbra deixaram chegar a saúde.  “Os médicos dizem que não têm condições para trabalhar e que se alguma coisa correr mal a responsabilidade não é deles. Isto tem uma força, não sei se as pessoas já se aperceberam da gravidade desta situação”, diz, acusando ainda Marta temido de ter feito pouco pela saúde e menos ainda por Coimbra. “Nem o financiamento para a nova maternidade conseguiu”, acusa, referindo que o PSD tem um programa para revitalizar o interior, através de várias medidas como a descriminação positiva.

CBS – Já estão há vários dias nas ruas, como têm reagido as pessoas às propostas do PSD?

Mónica Quintela – Tem existido um contacto muito directo com a população. Em todo o lado temos encontrado as pessoas descontentes com o actual Governo, com a actual situação. Pessoas que nos dizem que é urgente mudar, que querem que Rui Rio seja o primeiro-ministro. Vêem nele a personalidade ímpar a seriedade, a competência e o rigor com que Portugal precisa de ser gerido para sair de vez da cauda da Europa. As pessoas querem soluções de futuro para os seus filhos e para a população activa. E que os reformados tenham boas condições para gozar a merecida reforma paga com o nosso dinheiro dos impostos.

E isso tem acontecido?

Hoje temos uma carga brutal de impostos. Nunca pagámos tantos impostos e nunca os serviços que recebemos em contrapartida foram tão maus. É o que as pessoas nos dizem nas ruas. Referem que metem os formulários para a reforma e os serviços demoram mais de um ano e meio para responder ou o subsídio de funeral, por exemplo, que é uma das queixas que as pessoas fazem muito, ou anos e anos à espera de um caso que se resolva em tribunal, ou à espera de uma cirurgia ou consulta da especialidade. Muito descontentamento.

Aqui no interior há também outras preocupações…

Nós temos visto, e as pessoas têm-nos dito, que as acessibilidades são um problema. A EN 2 é fundamental que seja requalificada. O Primeiro-ministro andou a fazer um périplo que começou em Trás-os-Montes e terminou no Algarve. Foi um passeio para mostrar aos amigos e às pessoas que não conhecem a estrada que aquilo está bem. Não está. A conclusão do IC6 é fundamental para toda esta região. Como os acessos à A13, a requalificação da EN 342 e 344. E depois uma obra estruturante, não só para esta região, mas para todo o país. Estou a falar do IP3 que liga duas capitais de distrito: Coimbra e Viseu. Fazermos uma auto-estrada ou uma via com boas condições sobre o traçado do IP3 é fundamental. É uma via com altíssimo índice de sinistralidade e mortalidade. A solução poderia ser semelhante ao que aconteceu com o IP5 que se transformou na A25. Batemo-nos por isso e é o que queremos fazer.

A saúde também tem preocupado as populações e até os autarcas das juntas de freguesia das aldeias mais remotas. Queixam-se da falta de médicos. Que propostas têm os candidatos do PSD para este problema?

Falando só deste distrito, a Pampilhosa da Serra, por exemplo, não consegue captar médicos de família, faltam-lhe dois médicos. Tábua, Arganil e Oliveira do Hospital têm o mesmo problema. Temos um hospital Central em Coimbra que com o encerramento das urgências dos centros de saúde durante a noite todos os doentes vão para Coimbra. Com estas acessibilidades pergunto o que acontece se alguém tiver um problema grave? Não chega a tempo de se salvar. Temos um programa que irá dar resposta a estas situações. É prioritário. Depois, nos hospitais centrais temos os médicos a demitirem-se em bloco por falta de condições. A dizerem que não assumem a responsabilidade pelos erros que eventualmente venham a surgir.

A quem aponta as culpas?

A culpa é do Estado que não lhes está a dar as condições para salvar vidas. Os médicos dizem simplesmente que não têm condições para trabalhar e que se alguma coisa correr mal a responsabilidade não é deles. Isto tem uma força terrível. Não sei se as pessoas já se aperceberam da gravidade desta situação. Os médicos dizem que não têm condições para assegurar o bom tratamento dos pacientes. E é isto que o governo classifica como um bom sistema de saúde? Despeja para lá dinheiro para pagar as dívidas que foram criadas e deixa as populações desprotegidas. Tudo o que é doente não COVID foi deixado para trás. Cancros que não foram diagnosticados, cirurgias que não foram feitas, tratamentos oncológicos que não foram realizados. Em que país estamos? Impõe-se uma mudança e uma mudança grande a 30 de Janeiro.

Curiosamente a principal responsável por esse sector é a cabeça de lista do PS por Coimbra, Marta Temido…

Claro. Olhe temos o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, que Rui Rio já visitou e eu também já lá estive duas vezes. Está completamente equipado e fechado. A ainda ministra da saúde não foi lá uma única vez. Nem no pico do COVID-19, quando não tínhamos camas, se dignou a ir lá por mero preconceito ideológico. No entanto, o Hospital dos Covões foi lá pedir ventiladores emprestados que foram cedidos e já foram devolvidos. Aí já não houve problema.  Não podemos ter equipamentos de excelência parados, aguardando apenas que sejam licenciados. São estruturas que teriam uma importância fundamental para a saúde daquela população e para o desenvolvimento económico da região. Não se compreende a gestão deste Governo. Tem de haver uma resposta. Mas esta forma negligente de olhar para os problemas é transversal a todo o país. Em Coimbra, temos o hospital dos Covões totalmente equipado e as urgências encerradas das 22h00 até às 8h00 da manhã e a perder valências. Depois temos o Hospital Universitário de Coimbra atamancado com pessoas em macas nos corredores.

……

Temos também a maternidade de Coimbra. António Costa nas autárquicas prometeu que seria lançada três semanas depois. Não foi. Foi aberto o concurso para o projecto de arquitectura, mas viemos a saber, que o financiamento que existe são os cinco milhões que foram alocados no Governo de Passos Coelho. O PS nestes anos todos de governação não reservou nenhum financiamento, não conseguiu nenhum dinheiro do PRR para a maternidade. Vai ser paga com dinheiro que devia ser canalizado para o tratamento de doentes. A cabeça de lista do PS, que não está recenseada no distrito de Coimbra, nem o financiamento para a maternidade conseguiu trazer para o distrito. Não se percebe…

A lista de deputados de Coimbra conta com Fernando Tavares Pereira, um empresário que construiu um grupo empresarial significativo e que se tem distinguido por defender o interior. Qual é vantagem de contarem com ele e num lugar que, muito provavelmente, lhe permitirá a eleição?

É uma mais valia muito grande. O senhor Fernando Tavares Pereira é uma pessoa muito experiente que conhece muitíssimo bem esta região. Conhece muitíssimo bem a vida. É uma pessoa que subiu a pulso com todo o mérito que isso tem e que fala com todo o orgulho das suas origens humildes. Ninguém melhor do que ele para representar o povo. O senhor Fernando Tavares Pereira conheceu uma vida de dificuldades e agora possui uma vida desafogada conquista a pulso. Tem sido um filantropo. Tem ajudado muitas pessoas. É uma pessoa com um coração de ouro. Mas sobretudo é um empresário de sucesso que conhece perfeitamente as dificuldades com que os empresários se debatem no interior, os custos de contexto e o que é necessário para colocar o mercado a funcionar. As empresas são o motor da economia. Ele sabe como ajudar os empresários para que seja possível criar riqueza e melhores empregos e salários.

Visitaram alguns empresários, o que é que lhes foi transmitido?

Que se vêem em grandes dificuldades para pagarem a TSU e os impostos. Tudo isto agravado pelo fim das moratórias e pela abstenção provocada pela pandemia. O que o PSD pretende é criar uma folga para que os empresários possam criar riqueza e pagarem melhores salários. É isso queremos.

O PSD vai defender uma descriminação positiva para as empresas dos territórios de baixa densidade?

Sim. Já em 2019 estava no nosso programa e agora foi reforçada, até pela pandemia. O objectivo é criar fortes incentivos às empresas com a descida do IRC, subindo o tecto até aos 100 mil euros. Com isto será possível criar a tal folga que gera riqueza e permite baixar o IRS. Temos várias medidas para baixar os impostos, até porque uma das principais críticas do PSD é a exorbitante carga fiscal que existe em Portugal. O que se pretende é que exista uma fiscalidade mais baixa para todo o país, mas sobretudo para o interior. Com uma descriminação positiva, não só para as que já se encontram cá, mas para aquelas que se fixem nestes territórios, criando um polo de atractividade para que as pessoas que se venham para aqui viver. Vamos estabelecer protocolos com as universidades para trazer para doutorados contratados, para que tenham a experiência da vida e coloquem ao serviço do mercado aquilo que aprenderam nas faculdades.

E a natalidade?

Também temos medidas para combater o declínio demográfico que é um grave problema. Estão a nascer cada vez menos crianças. Nos últimos dois, três anos perdemos mais de 200 mil portugueses. Temos um amplo plano de incentivo à natalidade desde a licença de maternidade aumentada para o segundo filho, bem como o aumento do abono de família em 50 por cento no primeiro e 100 por cento no segundo e terceiro filho. Haverá também uma majoração dos apoios sociais e a gratuitidade das creches dos seis meses até aos cinco anos. São medidas de apoio à natalidade e de auxílio à economia para que Portugal possa rasgar e ter novos horizontes.

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