O Partido Social Democrata (PSD) apresentou, ontem, os candidatos a deputados pelo círculo de Coimbra nas eleições legislativas do próximo dia 30. A cabeça de lista, Mónica Quintela, assumiu “o compromisso de ser a voz do distrito de Coimbra na Assembleia da República” e de travar o desinvestimento nos hospitais locais, como o dos Covões, e de defender o interior. “Contarão connosco para pôr outra vez Coimbra no mapa”, disse a candidata, numa intervenção, destacando a “saúde, educação, economia, coesão territorial, obras estruturais e estruturantes para o distrito”.
A ainda deputada apelou à “recuperação de valências do Hospital dos Covões” e sublinhou que “é urgente a construção da nova maternidade em Coimbra”, criticando o desempenho do Ministério da Saúde liderado precisamente pela cabeça de lista do PS por Coimbra, Marta Temido. “Temos macas amontoadas no CHUC [Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra] de um lado, e do outro o Hospital dos Covões a perder valências. Não é assim que se faz uma gestão da saúde”, acusou, vincando que “o CHUC está a perder valências e competências, não tardará a transformar-se num hospital distrital”.
Mónica Quintela defendeu ainda que “são necessários critérios de fixação e incentivos no interior” e a promoção das acessibilidades. “É necessário descentralizar a favor da coesão territorial e da sobrevivência do nosso território”, sublinhou recordando “que o PSD apresentou uma iniciativa legislativa para que a sede do Tribunal Constitucional, o Supremo Tribunal Administrativo e a Entidade das Contas e Financiamento dos Partidos viessem para Coimbra.
“Astuciosamente e de uma forma ardilosa, na campanha para as autárquicas, o PS absteve-se na votação na generalidade quando foram votados estes diplomas, passada a campanha eleitoral, e quando se tratou de efectivamente se chegar à frente, o PS votou contra, juntamente com os partidos de esquerda, chumbando na votação final a vinda destas entidades para a cidade”, acusou, prometendo “renovar estas iniciativas legislativas para que aquelas estruturas possam ser transferidas para Coimbra”.