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Eleito pelo PS em Travanca acusa presidente de Junta de “atitude autoritária e anti-democrática”

Tomás Pedro, o cabeça de lista pelo PS na freguesia de Travanca de Lagos nas últimas eleições autárquicas não poupa nas críticas que dirige ao presidente eleito pelo movimento independente António Soares, que acusa de estar a “prejudicar unicamente a freguesia”.

Até agora reservado ao silêncio, o cabeça de lista pelo PS – segunda força mais votada nas eleições de 29 de setembro – Tomás Pedro acaba de reagir, em comunicado, à forma como o eleito presidente de Junta de Freguesia se tem posicionado no processo de constituição do executivo. Em causa, está a resistência que o independente António Soares tem revelado à constituição de uma equipa de executivo que respeite o voto expresso pelo povo e que se traduziu na eleição de três elementos de cada uma das três listas candidatas àquela autarquia.

“Entendemos esta atitude de António Manuel Soares como autoritária, anti-democrática e lesiva dos interesses da freguesia”, refere Tomás Pedro em comunicado dirigido ao correiodabeiraserra.com, reportando-se em particular à atitude do presidente eleito, numa altura em que rejeitadas as 11 propostas iniciais que apresentou em reunião de 19 de outubro, recusou “determinantemente” a proposta apresentada pelo socialista no sentido de constituição de um executivo a três forças “contestando sem qualquer razão a mesma, dando de imediato por terminada a sessão da Assembleia. “Seria a solução mais equilibrada e justa, uma vez que melhor representaria a vontade dos eleitores da freguesia”, faz notar Tomás Pedro.

Dispensada da crítica do socialista não fica, do mesmo modo, a postura de António Soares que após decisão de constituição do executivo com elementos de cada lista tomada em reunião com o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, o presidente da concelhia socialista e os cabeças de lista do PS e PSD, deu dias mais tarde o “dito por não dito”, não aceitando o “acordo feito de boa fé na Câmara Municipal”.

“A lista do PS lamenta a forma como atuou e continua a atuar o presidente da Junta de Freguesia de Travanca”, adianta Tomás Pedro que, acusando António Soares de “usar uma forma de estar nunca antes vista em Travanca”, dando a entender que “não quer como número dois da junta quem o povo elegeu nas urnas” e “negando qualquer entendimento razoável”, também o responsabiliza de “estar a prejudicar unicamente a freguesia”.

Em concreto, Tomás Pedro aponta o dedo ao facto de a Junta se encontrar em situação de “gestão só corrente” que “só penaliza a freguesia, a sua população , instituições e empresas”. “Como é possível ter uma freguesia sem Plano e Orçamento para 2014 aprovados? Questiona o socialista que chama ainda a atenção para o facto de os vogais do anterior executivo com que conta em situação de gestão corrente, serem precisamente os números dois e três da lista que encabeçou nas eleições. “Até dá um certo jeito” refere em jeito de ironia Tomás Pedro que, por esta altura, tem ainda a esclarecer que foi o presidente eleito que o abordou com vista a uma coligação que, adianta, não se veio a consumar pelo facto de o independente não aceitar a proposta do socialitsa de integração de um elemento PS no executivo e de outro socialista presidir à Assembleia de Freguesia, preferindo o independente que o executivo fosse formado por três elementos da sua lista. “Tal não é nenhuma coligação”, entende o socialista que, não está disposto em deixar passar em vão declarações proferidas por António Soares à comunicação social e que, no entender dos eleitos socialistas, “põem em causa o seu bom nome, honradez e trabalho nas instituições de que fazem parte”. “Vai ter que provar aquilo que insinuou”, assegura Tomás Pedro ponderando recorrer à via judicial.

Atendendo aos contornos a que o processo de constituição do executivo tem estado sujeito, o socialista verifica que “nunca, o nome de Travanca de Lagos foi tão maltratado e motivo de notícia por tão más razões”. “O povo da freguesia merece respeito e dignidade e uma Junta que trabalhe cem por cento pelo bem estar de toda a população”, remata Tomás Pedro.

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