Home - Região - Oliveira do Hospital - “Ó glória de mandar, ó vã cobiça!”. Autor: João Dinis, Jano

“Ó glória de mandar, ó vã cobiça!”. Autor: João Dinis, Jano

(Olha Luis Vaz, desculpa lá eu utilizar tuas “máximas” nestes contextos…)

 Sosseguem!  Sosseguem !   Que já irritam de tanto pensarem em nós !!

“Sim, Senhores Presidentes !  Já basta de tanto pretenderem fazer-nos bem… Sabem, eu não quero que andem a impor-me o Vosso presidencial cuidado! Afinal, por cá continuo à rasquinha´…apesar de tantos ´afectos´ ”…

Esta poderia ser a reacção de tantos de nós, os lesados pelos incêndios do ano passado…

Sim, apesar de tanto “foguetório” de palavreado e de tanta “selfie” partilhada entre ambos os Senhores Presidentes – da República e da Câmara – afinal como é ??!!

— Onde estão reconstruídas as habitações ardidas? Acontece que as SEGUNDAS Habitações são da responsabilidade directa da Câmara Municipal e nunca mais se ouviu o Presidente da Câmara Municipal a falar disso… E as PRIMEIRAS Habitações são do governo com quem o Presidente da República “fala” muito…

— Onde estão os Parques de Recepção da Madeira “salvada” (embora ardida) dos Incêndios para se conseguir algum rendimento para os Proprietários atingidos pela completa desvalorização dessa Madeira ardida? Mas Governo e Câmara Municipal andam para aí a meter medo ao Pessoal com cartazes ”malucos” e com multas e afins, caso, dizem, não limpemos a Floresta ardida ou não. Com tais ameaças e propagandas perversas querem eles fazer crer que nós é que somos os culpados pelos Incêndios. Não, nós somos lesados – quase morremos assados vivos – e ainda vêm para cá agora ameaçar-nos disto e daquilo?!

— Onde estão as obras para estabilização dos terrenos percorridos pelos Incêndios e que, agora, as águas das chuvadas arrastam por montes e vales abaixo até poluírem ribeiros, rios e represas?

— E por que mantêm, Câmara Municipal e Governo, todos os habituais “complicómetros” tecnoburocráticos ligados quando aquilo que é necessário é simplificar, simplificar, desburocratizar, as obras e outras intervenções públicas e privadas, que nos ajudem, sim, a renascer mas de uma forma real e não apenas em palavreado oco ?!

— Onde estão, afinal, todos apoios prometidos e voltados a prometer??

Ah! E o Presidente da República, acho que desde Outubro, já por cá veio umas três vezes…

Festa do Queijo  –  FALHOU ! –  organizada que foi de forma aligeirada na sua concepção !

Sim, correu mal esta “Festa do Queijo – 2018” em Oliveira do Hospital! Sim, choveu bastante MAS NÃO É SÓ ISSO…

Em primeiro lugar, organizar “Festas” com estes ingredientes – Queijo da Serra – e através de tanta ruído mais ou menos televisivo, de tanta cantoria, de tanto  folguedo, ainda em cima da tragédia e do desastre, todo esse folguedo e tanto “folgazão” , tudo isso junto e à mistura não soa bem, não parece bem, tenham lá paciência !  Afinal, vão pensar muitas e muitos daqueles que vêem a “Festa-Festivaleira”, afinal as coisas nem estão assim tão más como as pintaram lá por Oliveira do Hospital e pelas Ovelhas e pelo Queijo da Serra… Afinal, com tanta Ovelha morta, de onde virá, agora, tanto Leite para fazer tanto Queijo para as Festas e Feiras que ocorrem, a cantar e a dançar, por todos os Municípios mais ou menos “ardidos” ?!…

E o “Almoço Solidário” foi pretexto para darem nas vistas, os Senhores Presidentes…

Sim, ao que nos foi dito, os Senhores Presidentes – mais do que optimistas, “ilusionistas” – passaram umas duas horas, a irem de mesa em mesa, a beijocarem as comensais e a entretê-las(os) com as tais “selfies” que também já começam a irritar …

E por toda a tarde assim se liquidou a Festa do Queijo – para os Pastores e Queijeiras e outros Feirantes – a partir das 13 horas de Domingo… E ainda por cima lhe chamaram de “Almoço Solidário” – o que faria se não fosse?!…

Isto também significa que a tentação de dar nas vistas já lhes tolda o discernimento, aos Senhores Presidentes! Vamos esperar pelos próximos capítulos…

Mas a ideia de organizar um tamanho “almoço”, para aquele Domingo, deveria logo ter alertado quem a teve e quem com ela foi confrontado. E deveria ter levado a outras opções. Por exemplo, a realizar um “Almoço de Confraternização” noutro dia e nunca no Domingo de uma Festa-Feira de Queijo…

Ah! E Almoços “solidários” sem se pagar nada é “solidariedade” mas apenas para quem os come…

Enfim, Deus Nosso Senhor também deu aos Senhores Presidentes a faculdade de errarem. Eles é que não acreditam nisso. Às tantas, já se julgam acima até dos Deuses… Mas em cima da minha inteligência solidária é que eles não “montam” que eu cá não deixo!

Autor: João Dinis, Jano

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