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Vila Franca, Póvoa e Fiais querem serviços da Junta e cuidados de saúde mais próximos das populações

Mais de 250 habitantes da extinta freguesia de Vila Franca da Beira, Póvoa de S. Cosme e Fiais da Beira subscreveram um documento a reclamar pela abertura delegações da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira. Transportes de acesso público, cuidados de saúde mais próximos também são pedidos pelos subscritores.

No documento entregue aos presidentes da União e Assembleia de Freguesia de Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira, com conhecimento da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, o grupo de 254 cidadãos – 86 residentes em Fiais da Beira, 82 na Póvoa de S. Cosme e 87 em Vila Franca da Beira – reclama a criação de “delegações” da União de freguesias. Um espaço semelhante ao que já existe em Vila Franca da Beira onde , pese embora a extinção da freguesia, continua a ser assegurado um serviço de proximidade à população. Tal não acontece, porém, em Fiais da Beira e Póvoa de S. Cosme e com graves prejuízos para uma população maioritariamente envelhecida e com dificuldades de acorrer à sede da União de Freguesias.

“As delegações são absolutamente indispensáveis”, faz notar o ex presidente da extinta Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira que, apesar de não se deparar com aquele problema naquela localidade, enquanto membro da Assembleia da União de Freguesias eleva a voz para defender as localidades da Póvoa de S. Comes e Fiais da Beira. Como solução, Dinis aponta a utilização dos edifícios devolutos das escolas primárias, onde “pode ir um funcionário uma ou duas vezes por semana”. Para além de facilitar a vida às populações, entende João Dinis que se coloca termo à “dependência” que os idosos têm de outros habitantes na resolução de situações variadas.

Ao mesmo tempo que reclamam pela abertura de delegações, os subscritores reivindicam igualmente por transportes de acesso público. Na mira dos signatários está a resolução do problema de acesso dos mais idosos aos cuidados de saúde. Uma situação que em Vila Franca da Beira está resolvida por via do protocolo estabelecido entre o anterior executivo da Junta e a IPSS local e que assegura o transporte da população às consultas médicas. Um procedimento que, no entender dos 254 habitantes da União de Freguesias também deveria ser aplicado na Póvoa de S. Cosme e Fiais da Beira. “As pessoas têm que ir de táxi ou pedir boleia porque não têm transporte público”, alerta João Dinis notando que desta forma se “cria despesa grande para magras reformas”. No entender do Vilafranquense, é urgente disponibilizar transporte de acesso público às populações, seja por via dos autocarros que asseguram o transporte escolar, seja através de acordos com as IPSS .

Unidos em abaixo assinado, os 254 moradores das três localidades reclamam ainda pela aproximação dos cuidados básicos de saúde às populações de Vila Franca, Póvoa e Fiais da Beira. “É mais fácil fazer deslocar um enfermeiro do que 20 ou 30 idosos”, entende João Dinis, defendendo a criação de um serviço básico de saúde em cada localidade, onde os habitantes possam acorrer para medir tensão, avaliar diabetes, renovar receitas, entre outras matérias. Entende o Vilafranquense que esta é “uma questão básica e elementar”, pelo que lembra da existência da Unidade Móvel de Saúde que, por iniciativa da Câmara Municipal e Fundação Aurélio Amaro Diniz, já presta apoio na freguesia de Seixo da Beira. Atendendo a que se trata de uma resposta prestada à margem dos Serviço Nacional de Saúde, João Dinis, lembra que é apenas necessário que a Câmara Municipal e o Centro de Saúde “se entendam” para que seja possível a coordenação entre o serviço prestado por aquela unidade móvel e o acompanhamento que é feito pelo médico de família de cada utente.

A somar ao leque de reivindicações, os habitantes das três localidades voltam à carga com a demora em torno das novas instalações da extensão de saúde de Ervedal da Beira. “Está a transformar-se numa lenda”, refere João Dinis, lembrando que para trás está um protocolo assinado pela Câmara Municipal e ARS do Centro com vista à adaptação da antiga casa do povo da freguesia numa moderna extensão de saúde. Atualmente, a extensão de saúde funciona em “instalações exíguas”, onde diariamente se assiste “ao atropelo” dos utentes. “Nem deveria ser necessário um abaixo assinado”, entende, certo de que qualquer pessoa percebe que as atuais instalações da extensão de saúde não são capazes de dar resposta a um universo de mais de 1500 habitantes.

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