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O aumento de 2,8% determinado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no passado mês de dezembro vai ter diferentes reflexões na fatura mensal das famílias portuguesas, como provam simulações feitas pelo Jornal de Negócios. Se em alguns casos se verifica, por exemplo, que a subida é até inferior a 2,8%, noutros é bastante superior, atingindo os 5%.
As famílias portuguesas com elevados consumos de eletricidade, particularmente acima dos 500 kilowatts (kWh) vão sofrer um agravamento na fatura da luz superior aos 2,8% determinados, em dezembro, pela ERSE, avança esta quarta-feira o Jornal de Negócios.
Em causa está o facto de o preço da energia consumida ter aumentado, apesar de o preço da potência ter baixado. Pelo que, conclui a mesma publicação, vão aplicar-se ‘aumentos’ diferentes dos anunciados pelo regulador, tanto acima como até abaixo dos 2,8%.
Se não vejamos. Uma potência contratada de 3,45 kVA e 100 kWh/hora consumidos por mês, o aumento no final do mês será de 1,3%. Mas se uma família tiver uma tarifa bi-horária de 6,9 kVA de potência e um consumo mensal de 328 kWh, sendo 40% em período vazio e o restante fora vazio, o aumento será de 3,6%.
Também acima dos 2,8% estão os casos em que a potência contratada esteja entre os 3,45 e os 6,9 kVA e um consumo mensal igual ou superior a 450 kWh, cujo valor da fatura aumentará mais de 5%. O mesmo sucederá em relação a tarifas bi-horárias com a mesma potencia contratada e com consumos mensais iguais ou superiores a 500 kWh.
Mas como em tudo, há exceções, salienta o Jornal de Negócios. É o caso do escalão de 10,35 kVA e cujo consumo mensal fique abaixo dos 650 kWh, que ao beneficiar de uma redução significativa do encargo com a potência contratada, poderá alcançar uma poupança mensal de 2,75 euros face ao ano passado.
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