Existem neste momento informações, com bastante credibilidade, que apontam para o encerramento – a breve trecho – de duas unidades industriais ligadas ao sector em que o nosso tecido industrial continua a repousar excessivamente – a indústria de confecções.
No comércio local – cada vez mais asfixiado –, há lojas que encerram todos os meses. Segundo os indicadores económicos, Oliveira do Hospital está já entre os concelhos com menos poder de compra do distrito de Coimbra. Se analisarmos com toda a frieza estes e outros números que as estatísticas nos vão fazendo chegar (população, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, índice de envelhecimento, etc, etc,), temos todas as razões para estarmos preocupados.
No entanto – nos últimos meses –. há 5 milhões de euros de um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos ao Município de Oliveira do Hospital que têm o condão de servir para muitas obras de fachada, mas que não nos trazem grande desenvolvimento acrescentado.
Se não somos um concelho rico com capacidade para fazer um Centro Escolar à altura dos que se estão a fazer noutros concelhos – a argumentação é de um conhecido urbanista que participou na elaboração da carta escolar e que sustenta que devemos aproveitar os espaços existentes –, então o que é que se pode pensar sobre os critérios de investimento em silos automóveis, quando havia soluções incomensuravelmente mais económicas e, porventura, mais eficazes?
Como é que um presidente de Câmara, que deveria estar apreensivo com estes números e concentrar todas as suas energias no relançamento do desenvolvimento industrial, ainda anda a “plantar” centenas de BIP´s (Braços de Iluminação Pública) nas nossas aldeias e em sítios onde não se vê vivalma?