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Comissão de Educação, Ciência e Cultura compromete-se a defender a ESTGOH

Os grupos parlamentares solidarizaram-se ao final da manhã de hoje com as preocupações em torno da ESTGOH. À saída da Comissão de Educação, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital garantiu também avançar com providência cautelar para travar matrículas no curso que abriu no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC).

Foi “positivo” o encontro que ao final da manhã de hoje sentou à mesma mesa o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, o presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), Carlos Veiga e os vários elementos da Comissão de Educação, Ciência e Cultura presidida pelo centrista Ribeiro e Castro.

“Todos os grupos parlamentares ficaram sensíveis e todos estão solidários achando que a ESTGOH tem um espaço próprio”, contou há instantes o presidente da Câmara Municipal que saiu do encontro com a garantia de que a Comissão está, por esta altura, ao lado do município na defesa da escola de ensino superior.

“Comprometeram-se a defender a ESTGOH”, referiu satisfeito José Carlos Alexandrino, informando que num primeiro momento, a Comissão vai chamar, para efeitos de audição, o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, que hoje primou pela ausência no encontro, e depois “apresentar uma proposta ao ministério da educação e Ciência para que se encontrem caminhos para fazer face a mais este ataque à escola”. À Comissão de Educação da AR fica ainda reservado o papel de mediador entre a tutela, IPC e autarquia, com o objetivo de sentar todos os interessados no processo “à mesma mesa” com o claro propósito de – como refere José Carlos Alexandrino – se encontrar uma solução para a ESTGOH, que deverá passar pela “devolução” do curso de Marketing e consequente “reposição da normalidade”.

À saída do encontro com os elementos da Comissão de Educação, José Carlos Alexandrino lembra que em causa está uma situação a que o município não pode deixar de reagir por se dar conta de existência de “um conjunto de circunstâncias que não surge por acaso”. “No caso de Engenharia Civil o argumento usado foi o da duplicação, mas agora isso não está em causa, porque Administração e Marketing era curso único no IPC, tendo sido criado um segundo curso no ISCAC”, afirma José Carlos Alexandrino, para quem os argumentos evocados – “regime de exceção”, recorda – para justificar a extinção do curso da ESTGOH e a criação de um outro curso no ISCAC “não são entendíveis”.

“Ninguém está de mãos limpas”, entende o autarca que, apesar de confiante no contributo que a Comissão de Educação pode dar na boa resolução do processo, está determinado em fazer cair o curso recém-criado no seio do ISCAC. Depois de uma providência cautelar que não seguiu caminho por a autarquia não ser entendida como interessada no processo, a Câmara Municipal espera, junto da Associação de Estudantes, avançar com uma segunda providência cautelar no sentido de impedir a realização de qualquer matrícula naquela licenciatura. “Somos obrigados a seguir a via judicial”, justifica o presidente da Câmara Municipal que na sequência da extinção de Administração e Marketing adivinha que, no próximo ano, a ameaça recaia sobre Administração e Finanças, pelo facto de terem professores em comum.

No entender de José Carlos Alexandrino, a ESTGOH é importante demais para entrar num processo de “agonia lenta”. “Todos achamos que a Escola é um motor de desenvolvimento”, afirma Alexandrino notando que a ESTGOH assume, em momento de crise, importância maior junto das famílias do concelho e da região que, por esta altura, não terão possibilidade de manter os filhos a estudar nos grandes centros urbanos.

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