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Não sejamos hipócritas! Vamos falar claro e deixemo-nos de rodeios.

O Vil Metal

O ambiente de convulsão que se abateu sobre a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital (CCAM), logo após o anúncio de que a presidência da instituição – para o próximo biénio – teria que ser decidida nas urnas, tem uma razão: é o chamado vil metal.

E sobre esse “mineral execrável”, quem sou eu para concorrer em palavras com o que um dia escreveu – é bom que os leitores leiam atentamente o pequeno excerto que vos deixo! – William Shakespeare?

Reza assim: “ouro amarelo, fulgurante, ouro precioso! (…) Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente. Ó deuses!, por quê isso? O que é isso, ó deuses? (…)”

O vil metal associado a tantas outras teias de interesses que, no final de contas, têm sempre o mesmo objectivo – o vil metal! – é, na verdade, o principal ingrediente desta grande ‘caldeirada’ que a CCAM de Oliveira do Hospital nos tem estado a servir nos últimos meses.

Toda a gente sabia – pelo menos as pessoas que andam nisto desinteressadamente – que o melhor que poderia ter acontecido à Caixa de Crédito Agrícola neste ano de 2010 era uma profunda renovação ao nível dos seus órgãos sociais. Uma espécie de purga!

Como em tudo na vida, os lugares, por melhor remunerados que sejam, não são eternos. Tudo é efémero…

Nas instituições – como na política – a porta de entrada é sempre a mesma, mas a de saída torna-se, muitas vezes, na chamada porta pequena.

Mas a Caixa de Crédito Agrícola é um pouco o espelho do país em que vivemos.

Anda meio mundo a trabalhar uma vida inteira para meia dúzia de autênticos senhores feudais.

Ora são os putos da PT, que recebem não sei quantas vezes mais que o presidente Obama, ora é o senhor Mexia da EDP com três milhões de euros.

E quem é que se lixa neste país, eternamente em crise? É sempre o mesmo, como se diz na gíria popular: o MEXIlhão!

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