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Primeiro-ministro vê nas biorefinarias uma “oportunidade” para aproveitar a floresta e elogia trabalho desenvolvido na BLC3

O primeiro-ministro destacou ontem na inauguração do Campus de Tecnologia e Inovação BLC3, em Oliveira do Hospital, que o país não pode só ouvir falar de floresta quando se chega ao verão e começam os incêndios. António Costa sublinhando que a floresta tem de ser encarada como uma oportunidade e elogiou o trabalho desenvolvido naquele centro situado em Lagares da Beira que se foca na conversão de mato inculto e resíduos agro-florestais em substitutos do petróleo.

António Costa sublinhou que “há que reconstruir uma economia com base na floresta”, frisando que a floresta foi abandonada, dando lugar a maior incidência de incêndios, porque hoje a população já não usa “os gravetos”, pequenos pedaços de madeira das matas, para cozinhar, logo há que encontrar “novas formas de aproveitar esses gravetos” frisou, apontando como exemplo o trabalho desenvolvido na BLC3 que “trabalha em desenvolvimento de tecnologia que possa transformar a biomassa em combustível”.

“Essa transformação permite dar um novo valor económico, ao mesmo tempo que assegura a limpeza das florestas e poupa ao país muito dinheiro, que gasta na importação de combustíveis fósseis que não possui”, vincou o primeiro-ministro. “É um excelente exemplo de como podemos casar tudo: investimento com conhecimento, a valorização desse conhecimento do ponto de vista económico – desenvolvendo o que está por desenvolver – e ainda conseguir com isto um melhor equilíbrio energético, tornando o país menos dependente das importações”, afirmou.

Durante o discurso na cerimónia de inauguração, António Costa repetiu as palavras ditas por Jorge Sampaio em 2003, na cerimónia do 25 de Abril, realçando que também o BLC3 é uma prova de que “há bastante mais vida para além do orçamento”. “Em vez de dizermos para [os jovens] irem para fora procurar o vosso futuro, é essencial criar condições para ficarem e construírem o vosso futuro, o nosso futuro, o futuro do país aqui, em Portugal”, frisou, considerando que tal “é possível e é possível em territórios que podiam ser considerados mais frágeis”.

O presidente do Concelho de Administração da BLC3, o investigador João Nunes, realçou que aquela infra-estrutura, além de ter sido reconhecida várias vezes a nível internacional, já conseguiu brilhantes resultados na captação de talentos para este território. “Criou mais de 55 postos de trabalho altamente qualificados”, disse, antes de apontar as potencialidades económicas das biorefinarias.

“Representam um potencial muito significativo para Portugal. Podem representar um investimento superior a dez mil milhões de euros e um negócio anual entre os três e os cinco mil milhões de euros, com a redução da dependência da importação de combustíveis fósseis”, explicou, antes de concluir que esta será uma área que pode vir a criar 70 mil postos de trabalho, entre qualificados e não qualificados.

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