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70 jovens aprendem a ser bombeiros em Oliveira do Hospital

.. entre os 6 e os 16 anos, que ali aprendem o conceito de ser bombeiro e de defesa do bem comum.

Depois da mobilização de jovens em torno da constituição da fanfarra, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH) volta a surpreender com a “Escolinha de Bombeiros”.

Nascido no verão passado, o novo projeto tem vindo a merecer a confiança das famílias oliveirenses que nos últimos meses o encaram como uma ótima solução para a ocupação dos tempos livres dos seus filhos.

A poucos dias da sua apresentação pública à comunidade – acontece domingo na comemoração do 91º aniversário da AHBVOH – a “Escolinha de Bombeiros” conta com cerca de 70 infantes (dos 6 aos 13 anos) e cadetes (doas 14 aos 16 anos) aos quais transmite “o conceito de ser bombeiro e de defesa do bem comum”.

“É uma forma de interagir com a comunidade mais juvenil”, referiu o comandante da corporação ao correiodabeiraserra.com, que encara o novo projeto como uma forma de a Associação Humanitária chamar a si as camadas jovens que demonstram interesse e gosto pela atividade de bombeiro, podendo mais tarde vir a fazer parte do corpo operacional que, por força, das obrigações profissionais dos seus elementos e das obrigações legais se vê, por vezes, reduzida no seu número de elementos. “A corporação conta com 110 operacionais, mas já foram 150”, refere Emídio Camacho, notando que uma das preocupações da Associação Humanitária é continuar a atrair jovens. “O voluntariado trabalha-se”, entende o comandante que, nesta matéria, já encara a “Escolinha de Bombeiros”, como uma aposta ganha. É que para além de ocupar os tempos livres dos jovens, a nova resposta assegurada pela corporação “prepara e incentiva os jovens para serem bombeiros”, ao mesmo tempo que trabalha conceitos como o “voluntariado” e “defesa do bem comum”.

Emídio Camacho fala de um “trabalho extraordinário” adequado às idades de cada grupo e que tem vindo a atrair cada vez mais jovens ao seio da corporação que se orgulha de não saber o que é a crise no voluntariado.

Investimentos não abalam estabilidade financeira

A apresentação da “Escolinha de Bombeiros” afigura-se como um dos momentos altos das comemorações do 91º aniversário da corporação, que também vai ficar marcado pela inauguração da nova viatura urbana de combate a incêndios, adquirida pela corporação ao abrigo de uma candidatura ao QREN que garantiu financiamento de 85 por cento do seu valor total de 198 mil Euros. Uma aquisição que surge a par do investimento, também financiado pelo QREN, de cerca de 200 mil Euros – a Câmara já apoiou com 25 mil Euros – na construção de uma garagem em cave para abrigo das viaturas. A obra dá resposta a um anseio antigo da corporação de criar alojamento para as viaturas de combate a incêndios.

Investimentos pensados que em nada fragilizam a estrutura financeira da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da cidade. “Está tudo estável e controlado”, assegura o presidente da direção Arménio Tavares que pese embora os impactos que a redução nos serviços prestados na área da saúde teve no volume de faturação, garante que a estrutura financeira não foi abalada. Uma situação que Arménio Tavares acredita que se vai manter, salvo se se verificar uma subida drástica dos preços dos combustíveis. “Se subirem, teremos problemas”, avisa o responsável.

Ainda que sem problemas na área financeira, a corporação da cidade não deixa de se preocupar com o verão que se avizinha. Emídio Camacho está sobretudo preocupado com o corte já verificado em anos anteriores na área das equipas de defesa de floresta contra incêndios, necessárias à primeira intervenção no combate aos incêndios. Em causa estão equipas prontas a atuar 24 horas por dia durante o período crítico de incêndios florestais, uma das quais tem sido custeada pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. Uma preocupação a que se junta a retirada do meio aéreo de Côja e que compromete o primeiro ataque ao fogo. “Quando a primeira intervenção falha, os incêndios tendem a crescer”, alerta o comandante que se regozija pelo facto de a corporação ter vindo a conseguir suprir os cortes do Estado com a “disponibilidade” do seu corpo voluntário, que assegura “uma resposta eficaz e muito boa no concelho e fora dele”.

Em dia de festa para os bombeiros, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital vai dar cumprimento à atribuição do prémio Manuel Gouveia Serra ao bombeiro de 1ª Carlos Manuel Marques Costa. Na ocasião, a corporação também vai distinguir Ernesto Oliveira e Rolando da Silva Brito pelos serviços distintos desempenhados em prol do corpo de bombeiros.

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