O primeiro-ministro, António Costa, garantiu ontem no parlamento que no presente mandato só avançaram novas infra-estruturas públicas caso tenham “o financiamento no quadro 2020”. “Se não, não passa de um bonito quadro para apresentar no plenário da Assembleia da República”, respondeu António Costa que contestava a líder do CDS, Assunção Cristas que desafiou o Governo a avançar com um plano de construção de 20 novas estações no metropolitano de Lisboa.
Entre essas infra-estruturas que não se encontram englobadas no financiamento daquele programa comunitário poderão estar as vias rodoviárias como o IC6, que o presidente da autarquia de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino dá como certo no próximo mandato. No dia 3 de Maio, em Canas de Senhorim, Nelas, também o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que a derradeira grande obra prevista em termos de rodovia para os próximos tempos passa por uma intervenção profunda no IP3 e que a aposta fundamental será na ferrovia. O governante mais uma vez neste seu discurso ignorou por completo a polémica conclusão do IC6 bem como o IC12, uma via que ligaria precisamente Nelas à A25, em Mangualde.
Nenhuma destas declarações parece abalar as convicções de José Carlos Alexandrino que ao anunciar, a 2 de Maio, que entraria na corrida, depois da Federação Distrital do PS ter confirmado o seu nome no dia anterior lembrou que só avança por entender que se encontram reunidas as condições que impôs ao PS e ao Governo para avançar com a construção do IC6. “Sou um homem de palavra e como estão reunidas as condições para a construção do IC6 não poderia voltar com a minha palavra atrás”, referiu na altura, sublinhando que existe o compromisso do poder central de investir 38 milhões na construção da obra. “Teremos brevemente o primeiro-ministro em Oliveira do Hospital para anunciar isso”, disse.