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Agora? Agora, veremos o que vai continuar a acontecer, com os PSD – o local e o nacional – “partidos pelo meio”…

As eleições no PSD local e nacional. E agora?…

Dir-se-á, ao estilo La Palice, que “muita água ainda vai correr sob as pontes” até meados do próximo ano de 2009, portanto ainda a tempo de ter consequências nas próximas eleições autárquicas… Praticar “futurismo” mais concreto nesse âmbito, pode até parecer “profundote” mas sobretudo reflecte uma desmesurada apetência, da parte dos eventuais “gurus” caseiros, em aparentar perspicácia política embora, de facto e para já, apenas possam apresentar “cenários” meramente especulativos. É um pouco ao jeito das bruxas e cartomantes “encartadas” que aventam tantos e tão gerais “palpites” que, é natural, alguns deles acabem por ter afloramentos práticos mais tarde…

Portanto, uma primeira afirmação:- os problemas internos do PSD devem ser resolvidos internamente pelos militantes do PSD. Todavia, uma exigência política é para já legítimo ser feita também por quem não for militante do PSD: – que a “guerrilha” interna do PSD, em Oliveira do Hospital, não continue a prejudicar o nosso Município e a desprestigiar, perante a opinião pública, os autarcas locais e os políticos em geral como tem acontecido!

25 de Abril, Sempre! Fascismo nunca mais!

Definir politicamente fascismo também é caracterizá-lo como sendo “a ditadura terrorista do grande capital monopolista” que, no essencial, assim cavalga o Aparelho e as Instituições de Estado e parasita os recursos públicos. Em Portugal, houve ditadura terrorista do grande capital durante quase cinquenta anos de regime fascista “puro e duro”. Hoje, o grande capital monopolista já “domesticou” o poder político dominante que, aliás, todos os dias se lhe põe cada vez mais a jeito… No contexto, através das “suas” maiorias absolutas em (des)governos e assembleias da república, estes (des)governantes não definem e aplicam nada de realmente significativo que, em última e definitiva análise, não corresponda totalmente aos desígnios estratégicos do grande capital nacional e transnacional.

O mesmo se passa na União Europeia e em outras instâncias internacionais. Portanto, nada de realmente significativo acontece dentro das políticas desse “eixo do mal” político, legislativo, doutrinal, económico, cultural, social e mesmo judicial e judiciário, que não esteja previamente destinado a servir o grande capital, e sem dó nem piedade e doa lá a quem doer. De facto, ainda por cá não estamos a viver em nova “ditadura terrorista” mas já há muita e muita gente que receia afirmar publicamente os seus direitos e a sua dignidade e isto acontece em múltiplos sectores da nossa vida colectiva. Mesmo em vários aspectos na nossa vida mais privada, nós estamos a ser cada vez mais vigiados, embora, muitas vezes, a pretexto do manto diáfano da nossa “segurança”, dizem-nos “eles”…

Portanto, embora ainda não se esteja a viver numa ditadura típica, diremos que já impera uma espécie de “democratura” – que é um regime misto de democracia e de ditadura – o qual poderemos classificar como sendo um regime de poder político dominante exercido através de dois partidos, sim, mas com uma política de facto única e sempre ao serviço do grande capital e contra os interesses e direitos da esmagadora maioria da População. Noutros níveis, as polícias comuns e os “super-polícias”; o directório das maiores potências para (des)governar a já próxima União Europeia; as tentativas para criarem o “exército comum europeu”; as sérias limitações à soberania e à independência nacionais; são outros tantos aspectos nucleares e, esses sim, política e socialmente terroristas, do novo Tratado de Lisboa a que os “migueis de vasconcelos” da actualidade tudo fazem para acorrentar as Portuguesas e os Portugueses.

Isso enquanto “eles”, os tais e conhecidos “migueis de vasconcelos” da actualidade, se empanturram com os privilégios que daí auferem ou pensam vir a auferir. Perante a extrema gravidade da situação, é urgente mandá-los, aos “migueis de vasconcelos” e aos seus tratados, é pois urgente mandá-los, a todos, para a sarjeta da história de onde nunca deveriam ter saído!

Depois dos tutores da tal “democratura” – PS e PSD – terem recusado o “referendo” popular ao Tratado de Lisboa, o processo enviesado e politicamente cobarde da ratificação desse mesmo Tratado de Lisboa — apenas na Assembleia da República e em vésperas das comemorações do 25 de Abril — é uma afronta ao 25 de Abril de 1974 e a tudo aquilo que este mais exaltantemente significou em termos de dignidade e independência nacionais. Pessoalmente, sinto-me profunda e democraticamente indignado!

 

João Dinis (Autarca da CDU – Oliveira do Hospital)

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