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Associação Empresarial da Serra da Estrela preocupada com futuro do comércio

O presidente da Associação Empresarial da Serra da Estrela (AESE), com sede em Seia, admitiu hoje que a crise provocada pela pandemia da covid-19 poderá levar ao encerramento de comércios e de micro e pequenas empresas da região. Luís Seabra, disse que o encerramento de estabelecimentos comerciais na zona da Serra da Estrela “é um receio e vai ser, quase de certeza, uma realidade”. Esta associação tem cerca de 400 associados dos concelhos de Seia, Gouveia, Fornos de Algodres, Celorico da Beira e Manteigas, no distrito da Guarda.

“Porque estamos a falar de empresas pequeninas, que viviam do dia-a-dia e que, com o movimento que acabavam por ter, não tinham possibilidades de amealhar algum dinheiro para poderem passar por uma fase destas”, justifica Luís Seabra, sublinhando que “se não houver algum apoio” por parte do Estado, as micro e pequenas empresas da região da Serra da Estrela “irão fechar” as portas devido às consequências económicas causadas pela pandemia da covid-19.”E mesmo havendo algum apoio, se calhar o próprio empresário já tomou a decisão. Não vai recorrer a apoio nenhum e está decidido o encerramento. Nós [Associação Empresarial da Serra da Estrela] andamos atentos a isso. Esperamos que isso não aconteça, mas na certeza de que irá acontecer. A realidade pura e dura é mesmo essa”, disse.

Como muitos dos espaços empresariais são arrendados, a associação está a dialogar com os senhorios para saber da possibilidade de redução dos preços das rendas ou da sua anulação durante o período de duração da pandemia e aguarda pela clarificação de algumas medidas de apoio que foram anunciadas pelo Governo.

O presidente da AESE mostra-se também preocupado com o futuro dos negócios existentes na zona da Torre, no ponto mais alto da Serra da Estrela, e na aldeia do Sabugueiro, direccionados para o turismo, e que vivem “com a mesma angústia” dos restantes que estão instalados na cidade de Seia. Luís Seabra aponta que no Sabugueiro a maior parte dos comerciantes são proprietários dos estabelecimentos, mas os que estão instalados no centro comercial da Torre pagam “rendas elevadíssimas” pela ocupação dos espaços.

“Nós [Associação Empresarial da Serra da Estrela] já tentámos chegar ao diálogo com os proprietários e ainda não conseguimos. Se calhar, estamos a falar de negócios que não poderão voltar a abrir ou, pelo menos, terão de mudar de donos, porque os que existem não vão ter capacidade de aguentar muito tempo”, vaticina.

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