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Barca Serrana leva crianças de Penacova à descoberta da história e do ecossistema

Dezenas de crianças dos jardins-de-infância do concelho de Penacova passearam numa Barca Serrana pelo Mondego, ouvindo histórias e relatos dos tempos em que esta embarcação predominava no rio que nasce na Serra da Estrela e desagua na Figueira da Foz, numa extensão de 258 quilómetros. O tema desta iniciativa promovida pela Câmara Municipal foi a da sensibilizar para a protecção do meio ambiente inerente aos passeios.

Nesta viagem, o cicerone deu a conhecer às crianças a evolução das vias de comunicação, as alterações do rio e a própria funcionalidade da barca. Foi uma partilha de conhecimentos a bordo do Tareco, a barca serrana do grupo “Serranas do Mondego”, que, todavia, difere da original pela inclusão do motor eléctrico, que permite navegar sem esforço, sem poluição nem ruído. Trata-se de um projecto que pretende homenagear dois antigos barqueiros.

A visita faz parte de um conjunto de actividades de educação ambiental, com o propósito de desenvolver e enriquecer, com histórias, a capacidade de observação e descoberta das crianças, bem como de perceber in loco a importância do rio para os vários sectores da sociedade.

O Mondego foi, durante séculos, a principal via de comunicação entre as populações do interior e do litoral. A inexistência de caminhos-de-ferro, estradas, transportes internos, a rapidez e baixo custo do transporte fluvial transformaram este rio, da nascente até à foz, no responsável pela subsistência e economia das populações por ele banhadas. De Penacova partiam embarcações carregadas de madeira, lenha, carqueja e carvão, com destino a Coimbra e Figueira da Foz, trazendo, no regresso, sal, pescado, milho, pipas de vinho e outras mercearias.

Uma percentagem muito grande da população de Penacova, recorde-se, dedicou-se sempre a barcagem e actividades complementares ligadas ao rio. Os portos no carregamento e descarregamento de mercadorias ao longo do Mondego, a montante de Coimbra, no século XIX e ainda em parte do século XX eram vários: Coimbra, Foz do Caneiro, Rebordosa, Ronqueira, Carvoeira, Ponte de Penacova, Vila Nova, Raiva, Carvalhal, Oliveira do Mondego, Almaça e Gondolim (actual Gondelim). De todos estes portos há a salientar a grande importância comercial do Porto da Raiva, Penacova, que chegou a ser um dos maiores e mais importantes do país ate meados do séc. XIX, e até ao findar da navegação do Mondego o mais importante ao longo deste rio, o que aconteceu na década de 50 do século XX.

 

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