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Bruno Amado acusa câmara e anterior executivo de o impedirem de fazer mais pela população da UF de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira

O candidato da coligação PSD/CDS-PP à União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira acusou a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital de ter abandonado a freguesia por esta não ser da cor socialista, a do executivo do municipal. Bruno Amado, que conquistou com maioria absoluta uma das duas autarquias dos sociais-democratas no concelho, contou com o testemunho de José Carlos Ferreira (líder e recandidato à Junta de Freguesia de Avô), o qual confirmou que, pelo que assistiu nas Assembleias Municipais, a autarquia liderada por Bruno Amado foi mesmo descriminada pela negativa por parte presidente que cessa funções José Carlos Alexandrino. Mas Bruno Amado descreveu ainda outros problemas que foram colocados no caminho do seu executivo.

“Como sabem não procuro posição social, nem enriquecimento pessoal. Procuro simplesmente fazer o que sempre fiz nestes quatro anos do meu mandato, servir-vos quer tenham depositado o vosso voto de confiança em mim ou não, pois, como sabem, sou uma pessoa isenta e acima de tudo respeitadora de ideologias construtivas e novas formas de ser e estar!”, referiu o candidato que pretende repetir a vitória, depois de terem passado quatro anos “verdadeiramente complicados”.

“O início do meu mandato, há praticamente quatro anos atrás e desde então enfrentamos os maiores desafios que alguma vez existiram na nossa história democrática. Desafios que conseguimos ultrapassar, apesar de termos sido acusados de não possuir formação autárquica, ou no nosso vocabulário, experiência de vida”, disse, começando por falar nos incêndios de 15 de Outubro de 2017. “Que nos retiraram três pessoas queridas e amigas: a Sr.ª Celeste, os irmãos João e o Paulo. A eles, principalmente, este executivo dedicou o memorial edificado no território desta União de Freguesias, e que diga-se, é o único existente no nosso município dedicado à vítimas dos incêndios”, frisou. “Estivemos sempre presentes no apoio a estas famílias, e no apoio a todos os fregueses que ficaram doentes e perderam os seus pertences. Não deixamos ninguém sozinho e ajudámos em todas as suas necessidade”, disse.

Bruno Amado salientou que a transição de executivos da Junta da União de Freguesias foi, devido aos membros da anterior direcção, cheia de irregularidades e com “actos completamente inaceitáveis e inqualificáveis”. “Todos vós presenciastes e testemunhaste. Quem não o testemunhou, poderá e deverá consultar a ata da primeira assembleia de freguesia, onde membros do ex-executivo, alguns dos quais atuais candidatos nestas eleições pelo Partido Socialista, os assumem descaradamente. Também não era preciso assumirem, pois o próprio Ministério Público concluiu que essas pessoas cometeram muitas irregularidades e enormes erros de gestão da autarquia”, acusou.

O autarca explicou ainda que a Junta de Freguesia que teve que começar do zero. “Sim, é isso mesmo do Zero. Começámos a União de Freguesias do zero. Sem uma resma de folhas, só com um monte de chaves sem qualquer identificação, com a carrinha Hyundai pela primeira vez no estaleiro da UF, e um livro de cheques todo ele rasurado, e por isso impedido de ser utilizado”, acusou, sublinhando que não havia dinheiro para suportar os encargos deixados pelo anterior executivo, conforme, diz, está explicito nas actas de assembleia de freguesia n.º17 e n.º18.

“Falamos em 50 mil euros para a casa do campo e 20 mil euros para a casa mortuária, sem contar com o nosso dinheiro (FEF) 12’500 euros que entraram na conta da CGD em 12-10-2017, a qual a sua soma dá 82.500 euros que deveriam existir em conta da UF, antes da nossa tomada de posse, para gestão destes e outros encargos correntes. Para nosso espanto só existiam aproximadamente 62.500 euros, para fazer face a todos os compromissos e encargos então deixados, bem como aqueles que a União de Freguesias já detinha como encargos correntes”, acusou, garantindo que não lhes facultaram os acessos ao sistema informático que permite a gestão da junta. “E o mais Baixo de tudo, sem apresentação de contas do anterior executivo, referente aos meses de Janeiro a Outubro de 2017. Aliás, estas Contas ainda se encontram por aprovar em assembleia de freguesia e apresentar ao Tribunal de Contas. Contas estas que o ex-presidente já afirmou várias vezes nestas últimas assembleias de freguesia, que não tem nada que apresentar porque o tempo já lá vai. Não, o tempo não vai lá, o que lá vai é a falta de interesse em as apresentar, e bem sabemos porquê”, disse, adiantando que tem provas de tudo o que afirma.

Bruno Amado não se esqueceu também de lembrar aquilo que classificou como “uma tentativa cobarde de destituição” da sua pessoa que caiu por terra por decisão do tribunal central administrativo do Norte. Falou ainda das enxurradas de 2019/2020 que destruíram linhas de água, aquedutos de drenagem de águas pluviais e queda de muros. “Linhas essas e muros que fomos nós UF que reabilitamos com o nosso pessoal, sem ajudas externas. Bem sei que ainda existem outras que requerem reabilitação e serão feitas, assim que exista disponibilidade financeira para o mesmo. Como sempre assumiremos as nossas responsabilidades”, apostou, concluindo com a pandemia da COVID-19 que também tomou muitos recursos à autarquia.

Francisco Rodrigues promete tratar todas as Juntas de Freguesia de igual forma

O líder da coligação PSD/CDS-PP começou por elogiar o sentimento de harmonia que o executivo de Bruno Amado conseguiu criar entre todas as localidades que constituem a União de Freguesias, sem beliscar a autonomia de cada uma. Francisco Rodrigues deixou também a promessa que, com um executivo do PSD/CDS-PP na Câmara Municipal todas as freguesias vão ter o mesmo tratamento.

“Estamos a construir um projecto diferente. O próximo mandato será bastante diferente, porque esta União de Freguesias e todas as outras vão ter um tratamento igualitário. A Câmara Municipal é uma instituição que não tem dono. É de todos. O dinheiro que chega à Câmara é do bolso de todos nós. O presidente a única coisa que faz é tomar decisões e o destino que dão a esse dinheiro. O que posso garantir é que vai existir uma forma completamente diferente da forma como se gasta esse dinheiro”, sublinhou.

O candidato frisou ainda que o ciclo de José Carlos Alexandrino, de 12 anos terminou. “A que o presidente de Câmara só pode exercer três mandatos consecutivos. Não vale a pena ele aparecer em destaque nos cartazes porque o período dele na Câmara terminou. Ele é apenas candidato a presidente da Assembleia Municipal”, concluiu.

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