Home - Últimas - Com este PRR, Governo atrasou IC6 (Tábua-Folhadosa) em cinco anos e investimentos na região em 10 anos. Autor: Nuno Tavares Pereira

Com este PRR, Governo atrasou IC6 (Tábua-Folhadosa) em cinco anos e investimentos na região em 10 anos. Autor: Nuno Tavares Pereira

Como cidadão de Portugal, que pago impostos e que tenho dificuldades, como a maioria dos portugueses, não posso deixar passar em claro este programa. Não deveria ser o mesmo para dinamizar a economia, diminuir a poluição, criar coesão territorial, investir na digitalização, enfim melhorar o país e a vida dos portugueses?

Então para que se colocam mais de 500 milhões de Euros para novas linhas de Metro, quando existe menos movimento após a pandemia e quando as pessoas estão a sair da cidade? Melhorar as existentes sim, mas investimentos novos não. Não tenho acesso aos transportes públicos, por isso não acho que os deva estar a pagar. Sim porque vamos pagar pelos outros. Esses 500 milhões de euros poderiam servir para a dita coesão territorial e, por exemplo, criar, de igual modo, acessibilidades na minha região e outras.

A ligação Coimbra/Covilhã não existe e são horas de caminho, onde muitos morrem sem chegar ao hospital. Este eixo que engloba IC6/7/12/37/IP3 tem de ser feito. Não é a colocando um troço de 19 km, que tinha um custo de cerca de 40 milhões de euros há quatro anos atrás, num orçamento de 190 milhões de euros para 22 obras, que nos vão ajudar. Sabemos que o pequeno troço do IC6 incluído neste PRR, não é mais que o projecto e Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Já existe um EIA de 2010 aprovado, por isso podem passar à execução da estrada para a completarem até 2026. Aliás, a obra do IC6/7/37 andou para trás com este plano. Passou de uma fase em que tinha um estudo de impacto ambiental para prosseguir a orçamentação da obra, que já tinha previsto um pequeno troço de 19 km, para a fase em que não tem nada e só mesmo a inscrição para o pequeno troço, que precisa de novo EIA, mais o tempo de consulta pública, mais o tempo de projecto, mais o tempo de concurso para execução e lá vão os cinco anos… sem ter a obra concluída.

Precisamos que a nossa região tenha um choque de investimentos. Precisamos das infraestruturas feitas ontem. Do IC6/7/37 do IC12, da ligação à A13. Precisamos de investimento na floresta, para que as pessoas plantem e cultivem, mas sem as burocracias dos projectos complicados, que a quase ninguém servem.

Tem de se pagar às populações para cuidarem das Florestas e da Agricultura, porque o custo com os Incêndios, a perda de vegetação e a poluição das linhas de água é um prejuízo bem pior. Os incêndios têm um encargo muito superior no país, do que tem o investimento na terra e nas pessoas. São precisos os regadios que nunca chegaram e o controlo das cheias, que também estão ligadas à desflorestação autóctone e aos incêndios. Precisamos de milhões para a floresta saudável, para a agricultura biológica e de curta cadeia.

Precisamos de um plano urgente para recuperar algumas das povoações que estão a desaparecer e já desapareceram, reconstruindo e povoando as mesmas. Os mais de 1000 milhões de Euros para a habitação podem muito bem servir para reabilitar o interior e aproveitar para o povoar, com as pessoas que têm dificuldades nos grandes centros urbanos. Estariam a criar riqueza no país. Estariam a criar coesão territorial. Estariam a criar ocupação. Estariam a melhorar a qualidade de vida de Portugal.

Os milhões para a formação quer dos jovens quer dos mais idosos devem ser aplicados na maioria na sua formação nas empresas, nas instituições, para que exista mão de obra, para que o IEFP não continue a ser concorrente das atividades económicas. Não podemos ter um povo curso-dependente. A educação é um pilar, e por isso devem ser criadas condições para que as crianças, quer estejam na Serra da Estrela ou em Lisboa, tenham acesso aos mesmos conteúdos. Isso faz-se investindo nas antigas escolas, nas pequenas freguesias, mantendo as crianças a estudar nos seus meios, com acesso às tecnologias que todos os outros têm. Estamos na era da revolução digital e temos de a fazer já, não esperando por amanhã.

Temos de ter saúde na população e fazer chegar os serviços médicos às populações, para que não seja o contrário e isso tudo diminui, em muito a poluição e contribui para a descarbonização. Devem ser as verbas divididas pelas regiões, havendo um equilíbrio entre público e privado, litoral e interior. Não podemos investir 10000 milhões de Euros em Lisboa e no Porto e para o resto do território termos os restantes 4000 milhões de Euros. Assim o custo será muito maior no futuro e depois do investimento feito, temos de pagar a sua manutenção. Temos de investir nas pessoas, que elas sim, são o seguro da continuidade de Portugal.

 

 

 

Autor: Nuno Tavares Pereira

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