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“É uma pessoa vingativa, sem escrúpulos, que não tem ética”

O candidato do Chega à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital acusou o ainda presidente da autarquia, José Carlos Alexandrino, que não se pode recandidatar à liderança do município por ter cumprido os três mandatos consecutivos permitidos por lei, de falta de ética e de escrúpulos. António José Cardoso, que falava em entrevista à Rádio Boa Nova, referiu a título de exemplo um caso que foi parar a tribunal, quando o autarca o acusou de ter um comportamento menos próprio quando a direcção da associação a que presidia escreveu num recibo de um subsídio de 100 euros que lhe foi atribuído a que evento se referia aquela verba. O tribunal acabou por dar razão a António José Cardoso.

“É falta de ética da parte do presidente da Câmara aquilo que fez durante quatro, cinco, seis anos, a perseguição que me fez a todos os níveis. É uma pessoa vingativa, sem escrúpulos, que não tem ética. A título pessoal afirmo, tenho provas disso e para o julgar dessa forma”, afirmou o candidato. António José Cardoso aproveitou também para criticar João Dinis, candidato da CDU, que na entrevista àquela rádio falou no caso do recibo, referindo que era bom que alguém viesse esclarecer aquilo. “Foi uma falta de respeito, porque se não sabia perguntava”, acusou.

João Dinis revelou ao CBS que não sabia de facto que o caso já tinha transitado em julgado e que pelo que lhe foi dado a ler verificasse que o presidente da Câmara não sai muito bem da situação. “Foi-me facultada informação que não tinha, o que tenho de agradecer. Não sabia que o assunto já tinha transitado em julgado e o acórdão do tribunal não é nada abonatório para José Carlos Alexandrino”, referiu o candidato pela CDU que disse ter tido, depois da sua entrevista à rádio Boa Nova, uma conversa com o candidato do Chega. “Queria que eu me retractasse, mas eu não me posso retractar de apenas ter feito uma pergunta para que o caso fosse esclarecido”, disse, frisando que José Cardoso chegou agora e não pode “pensar que é o dono disto tudo”.

Na entrevista, o candidato do Chega foi também muito caustico para com o candidato do PS Francisco Rolo de falar daquilo que não sabe, nomeadamente de empresas e criação de emprego. “Lamento que haja pessoas como o José Francisco Rolo que vem falar do que não sabe e devia estar calado. O que me interessa a mim que tenha uma zona industrial parada, outra desocupada, onde podia ter uma empresa com 250 postos de trabalho, que ele e executivo boicotaram em 2016/2017 [a empresa instalou-se em Nelas]. Ninguém consegue ter uma estabilidade pessoal se não tiver emprego, trabalho, uma família. Esses também são os princípios básicos do Chega”, disse.

“Como é que se vem anunciar uma terceira zona industrial em Nogueira do Cravo, quando não se termina uma, não se ocupa outra. E uma lição para o José Francisco Rolo: uma zona industrial e criação de emprego mede-se pela concepção de postos de trabalho, não pela criação de lotes. O lote pode não ter nenhum trabalhador”, frisou, antes de concluir: “Deviam estar mais atentos, tanto o PS como o PSD, porque o Chega veio para ficar. É seguramente, neste momento, a terceira força política do concelho e poderá ser uma agradável surpresa”.

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