“Não acho que o Governo tenha tratado isto da forma correcta… juntar o concelho todo num mega-agrupamento é um disparate completo”, afirmou José Carlos Alexandrino, no decorrer de uma reunião do executivo camarário, realizada na passada terça-feira.
Entretanto, e de acordo com uma informação obtida pelo correiodabeiraserra.com junto de uma fonte ligada ao processo, a Direcção Regional de Educação do Centro já comunicou que a polémica medida do Ministério da Educação – já em vigor nos municípios vizinhos de Seia, Tábua, Arganil e Carregal do Sal – não se vai aplicar em Oliveira do Hospital no próximo ano lectivo de 2010/2011.
A indicação que existe é no sentido de que os actuais quatro agrupamentos escolares e a Escola Secundária vão continuar a funcionar nos mesmos moldes, e o processo deverá começar a ser reavaliado durante o próximo mês de Outubro.
Na discussão deste dossiê, Alexandrino tem vindo a assumir uma posição de confronto com as entidades envolvidas na negociação, e também fez chegar o seu protesto ao secretário de Estado da Educação, João da Mata.
A criação dos mega-agrupamentos foi recentemente aprovada pelo Ministério da Educação, tendo em vista a reorganização do sistema educativo. O processo foi alvo de muitas críticas oriundas das mais diversas entidades.
Para o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas – em declarações ao jornal Público –, esta fusão foi realizada com “uma velocidade impensável”. Botelho da Fonseca insurgiu-se contra o facto de alguns directores terem sido informados da medida “por telefone” e sublinhou a necessidade de ter que haver “alguma afinidade” entre as escolas a fundir.