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José Carlos Alexandrino promete que se o ministério da Saúde não criar soluções a autarquia tomará medidas para salvaguardar munícipes

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital é um homem que aparenta uma forte preocupação com o estado da saúde que atravessa o concelho. Não se conforma com a falta de médicos e garante que se o Governo não reabrir as negociações para o “seu projecto revolucionário de saúde” a própria autarquia tomará medidas para que os oliveirenses tenham melhores cuidados. Em causa, diz, está, a dignidade daquela cidade, daí ter enfatizado, e rodeado de elementos da CDU e do CDS e com o apoio dos vários presidentes de junta, que esta manifestação foi suprapartidária. “Em causa está a dignidade da cidade e não propaganda de qualquer força partidária. “A única bandeira que aceitei aqui foi a de Oliveira do Hospital. Diziam que vinham candidatos a deputados. Ninguém os viu por cá, porque eles têm tratado muito mal Oliveira do Hospital”, explicou o autarca, enfatizando que é um homem que “gosta de criar pontes de diálogo”.

“Espero que na área da saúde ainda seja possível, porque no que respeita aos acessos rodoviários nesta legislatura já não é possível. Quando apresentei o nosso projecto de saúde o secretário de Estado ficou agradado e disse mesmo que ia gastar menos dinheiro que aquele que gasta actualmente, mas alguém lhe colocou um travão, dizendo-lhe que aqui estava um homem forte e que era melhor não fazer nada agora. Mas ainda está a tempo”, disse, lembrando que no que respeita aos acessos rodoviários este foi um sério aviso para qualquer que seja o próximo Governo. “A dignidade de Oliveira do Hospital sobrepôs-se aos valores partidários”, concluiu.

A líder pelo Movimento Dos Cidadãos Pela Saúde, um movimento embrionário, referiu que esta é uma luta que está no início e apelou a que os oliveirenses se unam para a fortalecer e lhe dar continuidade. “Tem de continuar até que seja encontrada uma solução”, apelou. O presidente da Junta de Travanca de Lagos, por seu lado, referiu que as autarquias se uniram ao processo porque conhecem as dificuldades das suas populações. Negam-lhes direitos básicos e acessos rodoviários condignos que lhes permitiriam chegar rapidamente aos hospitais centrais e nestas coisas um minuto pode fazer toda a diferença”, afirmou, vincando que ninguém vergará as pessoas de Oliveira do Hospital. “O poder central está a contribuir para a desertificação do interior, mas nós gostamos de cá viver e queremos canais de comunicação”, rematou.

A CDU, mesmo sem qualquer eleito municipal, também se fez representar por João Dinis e para dizer que a saúde é um direito que o Governo está a transformar num negócio. “Quem tem dinheiro tem acesso, quem não tem morre lentamente”, afirmou João Dinis, perante os aplausos dos presentes. Até mesmo, Luís Lagos eleito pelo CDS-PP fez questão de se unir aos discursos e para dizer que estava ali não contra o actual Governo, mas contra os governos dos últimos 30 anos.  “Estamos juntos na luta por Oliveira do Hospital”, concluiu.

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