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Armando Vara condenado a cinco anos de prisão

Condenados no Face Oculta: Godinho a 17 anos de prisão, Vara e Penedos a cinco

O colectivo de juízes do processo Face Oculta decidiu condenar o sucateiro de Ovar, Manuel Godinho, a uma pena efectiva de 17 anos e meio de prisão em cúmulo jurídico. Armando Vara e José Penedos foram condenados a cinco anos de prisão efectiva.
O antigo ministro e ex-vice-presidente do BCP, Armando Vara, e o ex-presidente da REN, José Penedos, foram condenados a cinco anos de pena efectiva. Foram dados como provados três crimes de tráfico de influência, no caso de Vara, e dois crimes de corrupção e um crime de participação económica em negócio, no caso de Penedos. Armando Vara mostrou-se chocado.
“Estou em choque, confesso, e a sensação que me fica é que a sentença não é sobre as acusações, não é sobre o que estava em causa. Acho que a sentença tem muito a ver com a minha circunstância”, afirmou Vara, adiantando não ser “apenas” a circunstância de ter sido ministro. Quando lhe perguntaram se este era um julgamento político, limitou-se a responder que já tinha dito “muita coisa”, referindo não querer dizer mais.
O advogado Paulo Penedos terá de cumprir quatro anos de prisão efectiva.
Manuel Godinho foi condenado por 49 dos 60 crimes de que estava acusado, tendo ficado provado que encabeçava uma rede de associação criminosa tentacular. O seu sobrinho, Hugo Godinho, e o seu filho, João Godinho, foram, por sua vez, condenados, a cinco anos e seis meses de prisão efectiva e a dois anos e três meses de pena suspensa, respectivamente.
Ao todo, foram condenados 11 arguidos a penas de prisão efectiva. A leitura do acórdão, de 2.781 páginas, começou pelas 10h25 e contou com a presença de 22 dos 36 arguidos envolvidos no caso.
Nas alegações finais, o Ministério Público tinha pedido a condenação de todos os acusados, defendendo a aplicação de penas de prisão efectivas para 16 arguidos, incluindo Armando Vara, José Penedos, Paulo Penedos e Manuel Godinho, e penas suspensas para os restantes.
O advogado do empresário, Artur Marques, afirmou que a condenação de 17 anos e meio de prisão do seu cliente, no âmbito do processo Face Oculta, não é surpresa, mas sim a inexistência de absolvições. “Sem nenhuma surpresa, se há coisa em que esta decisão me parece – digamos – coerente é com aquilo que era previsível no decurso do julgamento”, afirmou Artur Marques, após a leitura do acórdão, no Tribunal Judicial de Aveiro. O advogado realçou, contudo, que, no seu entender, uma surpresa. “Que num processo desta dimensão, com este número de arguidos, com esta quantidade astronómica de imputações e de crimes, não há uma única absolvição”, declarou Artur Marques para quem “isto é sintomático”. “É evidente – tenho de dizer isto como é óbvio – estou na mais frontal discordância relativamente a esta decisão”, salientou, acrescentando que, “obviamente”, vai recorrer.

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