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Notas soltas

À míngua de outras notas, daquelas que servem para comprar os tremoços, vamos respigar aqui uns apontamentos…

(des)Governador do Banco de Portugal é “batedor” do (des)governo PS…
Enfim, já se cá sabia das “habilidades” político-partidárias do actual (des)governador do Banco de Portugal, afinal um ex-Secretário Geral do PS… Agora, lá veio ele a público, mais uma vez, a servir de “batedor” ao (des)governo Sócrates a (des)propósito dos mais do que preocupantes índices económicos, financeiros e sociais do nosso País, sempre em acelerada derrapagem. Em suma, veio a “sumidade” papaguear que o agravar da crise, cá dentro, se deve fundamentalmente a factores de ordem internacional e que, para combater o défice energético, se devia voltar a encarar a hipótese do recurso à energia nuclear. Com a teoria da crise internacional – aliás de imediato contrariada pelo FMI, Fundo Monetário Internacional – pretende o (des)governador do Banco de Portugal desculpabilizar o (des)governo do seu partido PS dos profundos males causados pelas políticas de direita; com a energia nuclear ou ele quer ajudar “alguém” capaz de nos vender a cara tecnologia necessária ao efeito ou quer desviar as atenções cá da rapaziada lançando “bocas” desse tipo a fim de suscitar “factos políticos” desviantes. Portanto, se dúvidas ainda houvesse, aí temos o homem a servir-se do importante lugar institucional que ocupa – alegadamente “independente” — para fazer a mais despudorada política partidária e, ainda por cima, a querer “comer-nos” por parvos.

Crise do sector da Imobiliária nos EUA e não só…
Também já não é segredo que a crise do sector financeiro – a começar pela Banca – radica, em muito, na crise da Imobiliária que derrapou primeiro e sobretudo nos EUA, a pontos de, até hoje, já ter levado à falência cinco grandes Bancos norte-americanos. Agora, são as duas maiores empresas de Créditos Hipotecários que estão em pré-falência e a forçar a Reserva Federal dos EUA a injectar nelas rios e rios de fundos públicos para evitar o pior ou seja, para tentar evitar o colapso, puro e simples, do sistema financeiro do país. Bem, enquanto “isto” parecer dizer respeito apenas aos EUA, nós até nem nos deveremos preocupar muito. Porém, a crise do sector financeiro – a crise deste sistema financeiro internacional a que nos amarraram — também nos está a bater forte à porta, sobretudo a partir de agora. Acontece que a economia e as finanças do nosso País estão fragilizadas, muito dependentes do exterior e sem instrumentos de defesa próprios perante a “bola de neve” da crise financeira. São outras tantas más consequências das políticas de direita sem honra e sem dignidade nacionais. O problema maior, é que quem “paga a factura” são os mesmos do costume, ou seja, é a esmagadora maioria das Portuguesas e dos Portugueses.

Agora, passe a expressão, lindo, lindo é esta necessidade incontornável de “nacionalizar” — embora sem o admitir e ainda que temporariamente — a Banca e congéneres nos EUA e também já em Inglaterra ( amanhã em Portugal…), para assim tentar evitar a falência daqueles grandes vigaristas “de colarinho branco” que se arvoram em campeões da “competitividade”, da “livre concorrência” e do “mercado”, de entre outras patranhas e fraudes…

PSD local continua igual a si próprio.

Prossegue sem tréguas a guerrilha pública entre as facções que se degladiam dentro – e sobretudo fora – do PSD em Oliveira do Hospital. Assim, “na confusão”, ele é o Presidente da Concelhia Oliveirense e ele é o Presidente da Distrital de Coimbra que se arranham mutuamente e a fundo. Ele é o conhecido “colunista” de um Jornal local ( e ex-ideólogo do PSD em Oliveira do Hospital) que está sempre a atirar “tiros” sobre o Presidente da Câmara. Logo veremos quando e como terá resposta da outra facção. Enfim… Curiosamente, o autarca “chefe” continua a ter o bom-senso de se recusar a comentar publicamente esta guerrilha do “seu” partido.

Da nossa parte, continuamos a dizer que já chega de prejudicar o Município e a imagem dos políticos e dos Autarcas em especial com tamanha guerrilha como é esta em que se enrolam as facções do PSD em Oliveira do Hospital.

PS faz de conta…

Quanto ao PS local, este continua a fazer de conta que, às tantas, não é o PS que está neste (des)governo a aplicar estas políticas de direita pura e dura, sem dó nem piedade… Entretanto, em vez de atacar “à direita” – concedamos na expressão para o efeito – para esvaziar o PSD, este PS local esgadanha à sua esquerda a ver se atinge a CDU. Ao memo tempo, tenta endrominar (instrumentalizar) alguns auto-proclamados “independentes” porque, é sabido, o PS vai apresentar listas partidárias próprias às próximas eleições. Na conversa, “diaboliza” o actual Presidente da Câmara jogando com a miragem de uma “frente comum” com todos ao mesmo tempo contra o actual Presidente da Câmara e mais do que provável futuro candidato oficial do PSD. Mas com todos os “contra” nas listas do PS incluindo os PSD mais ressaibiados. Não interessa tanto reflectir nos porquês e finalidades da “coisa” mas apenas interessa ao PS que assim seja. Erro político porque uma candidatura “ganhadora”, qualquer que ela queira ser, não se afirma no eleitorado do nosso Concelho (quase 20 mil eleitores) apenas por berrar muito “contra” e seja lá contra quem for. É necessário um programa eleitoral, uma capacidade imediata de mobilização de vontades e de pessoas, depois de votos, que apenas o “contra-contra” não logrará atingir.

O drama deste PS local, é que “eles” já sabem que vão pagar pelas malfeitorias do (des)governo, que elas cá se fazem cá se pagam… Então, precisam de duas coisas:- precisam ter aqui um alvo bem visível que esbata muito o fantasma feio do (des)governo – esse alvo é o actual Presidente da Câmara na primeira pessoa – e precisam dos incautos que se deixem enredar na tramóia político-partidária que o PS quer montar.

Agora, eu cá não sou nem incauto nem otário. Todavia, quem quiser sê-lo está no seu direito…

João Dinis
Autarca da CDU – Oliveira do Hospital

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