Os incêndios florestais que deflagraram no domingo em várias zonas do país provocaram 43 mortos, disse hoje a adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar. Uma das últimas vítimas foi encontrada na localidade de Avô, em Oliveira do Hospital, elevando para dez o número de vítimas mortais neste concelho. O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, entretanto, disse à Rádio Boa Nova que existe mais um casal de vítimas mortais. Trata-se, segundo aquela rádio, de um casal habitante na Quinta da Baguinha, Senhor das Almas: António Peres da Costa e Maria da Graça Costa Viegas, que terão falecido no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
As cerimónias fúnebres das vítimas dos incêndios em Oliveira do Hospital iniciam-se amanhã, pelas 09h00, com o funeral de Pedro Neves, de 46 anos, para o cemitério de Nogueira do Cravo. Também amanhã, pelas 10h30 e 11h00, decorrerão os funerais dos irmãos João Costa (29 anos) e Paulo Costa (34 anos), para o cemitério de Oliveira do Hospital e Vila Pouca da Beira, de acordo com a página de internet “Até Sempre”.
Para além destas três vítimas, os incêndios de domingo ceifou a vida a mais seis oliveirenses: Maria Celeste Alves, 70 anos, de Vila Pouca da Beira, Maria Fernanda Augusto, 54 anos, Cabeçadas (Lourosa); Ramiro Faria, 76 anos, Quinta de S. Pedro, Penalva de Alva; Cristiana Brito, residente em Gramaços, natural de S. Gião; Maria Rosa Marques, de Parceiro, S. Gião e Isilda de Parceiro, S. Gião. Existem ainda nove vítimas em estado grave gravidade.
A ANPC refere, porém, refere que se registaram 20 mortes no distrito de Coimbra, dez das quais em Oliveira do Hospital, três em Tábua, três em Arganil, três em Penacova e um na Pampilhosa da Serra. No distrito de Viseu, registaram-se 18 vítimas mortais, designadamente em Vouzela (oito), Santa Comba Dão (cinco), Nelas (uma), Carregal do Sal (uma), Tondela (duas) e Oliveira de Frades (uma). A ANPC adianta ainda que duas pessoas morreram na Guarda e uma na Sertã (distrito de Castelo Branco).
Além das 43 vítimas mortais, as centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.