De acordo com a edição de hoje do Diário As Beiras, o projecto pertence à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) em parceria com a Geovita e traduz-se numa forma de energia renovável, que consiste em injectar água, sobre pressão, a grandes profundidades na terra e fazê-la passar pelas fissuras das rochas – que se encontram a cerca de 200 graus de temperatura – trazendo-a novamente para a superfície para ser transformada em energia. “Em três a cinco anos, poderemos estar a criar energia eléctrica a partir da terra. É uma aposta para que a médio prazo, haja uma energia capaz de substituir outras”, referiu Gonçalo Pereira Coutinho, presidente do Conselho de Administração da Geovita na apresentação do projecto que – segundo o responsável pela FCTUC, João Gabriel Silva – não causa “nenhum impacto negativo”. “Todo o sistema é amigo do ambiente e, certamente, irá melhorar a qualidade de vida da população portuguesa”, acrescentou.
Os responsáveis acreditam avançar com as experiências no terreno até ao final do ano, sendo que numa primeira fase serão perfurados vários pontos na zona entre os três municípios, para encontrar as condições mais favoráveis para instalar as estações. A segunda fase reserva-se a aferir da viabilidade do sistema num investimento de 40 milhões de euros, e a terceira à instalação de unidades com uma potência de 50 megawatts com um investimento de cerca de 150 milhões de euros. Na última fase, espera-se a produção de energia que poderá competir com combustíveis fósseis e também com energias renováveis. “No espaço de dez anos teremos a última fase do projecto concluída”, referiram os responsáveis.