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Palace Hotel de Midões, nasceu uma estrutura “de qualidade” para dinamizar o turismo local e regional

Midões vai contar dentro de poucos dias com o Palace Hotel de Midões, uma unidade hoteleira de quatro estrelas, que nasce no antigo palácio de Valverde, consumido pelas chamas nos incêndios de 2017, que se encontra localizado naquela vila do concelho de Tábua. Esta estrutura, com 14 quartos e salão de eventos, procura preencher uma lacuna existente na região e alavancar o turismo local, atraindo visitantes com capacidade económica dispostos a conhecer a cultura, história e percorrer a região, passando por locais de rara beleza natural. A aposta é da família Tavares Pereira que faz questão “de trabalhar e investir [cerca de dois milhões de euros] no interior do país”. Com este empreendimento, a família pretende “devolver parte da dinâmica de outros tempos a Midões, dinamizar a economia local e mesmo regional”.

“Esta localidade, como muitas outras do interior, perdeu vitalidade e valências. Este empreendimento vai ajudar a inverter essa tendência de desertificação. O hotel vai estar orientado para um público alvo com poder de compra e que vem para ficar alguns dias, procurando conhecer a região, a cultura, história e usufruir da tranquilidade e beleza da natureza local”, conta Nuno Tavares Pereira, o mentor do projecto, que “ao longo do tempo têm substituído as instituições públicas no trabalho de promoção do local e regional”.

“O hotel vai promover o enoturismo, a gastronomia, recuperando pratos locais antigos, através de mostras gastronómicas, e apostar no turismo de lazer, permitindo aos nossos hóspedes percorrer trilhos que os levam a conhecer quedas de águas, pontes romanas em Midões, Vila do Mato e São Gerardo e outros percursos com uma forte componente histórica, como as ruínas romanas da Bobadela, aqui ao lado em Oliveira do Hospital, ou ligadas a figuras históricas, como João Brandão, Visconde do Vinhal, Visconde de Midões, Domingues Joanes, Dominguas Sabichais ou os Senhores de Tábua,  entre outros”, conta Nuno Tavares Pereira que se mostra muito critico em relação às instituições públicas, como o  Turismo de Portugal, que, no seu entender, deveriam promover a região, mas está apenas estão focados na Figueira da Foz, Ria de Aveiro ou Fátima, esquecendo-se do Mondego e da zona do Alva.

“Tudo o resto é como se não existisse. E aqui temos um território riquíssimo em termos históricos, culturais e naturais, como, entre muitos outros locais, os Palheiros de Fiais da Beira, Pedra de João Brandão, Anta da Pedra da Orca ou a Fraga da Pena”, frisa este responsável, sublinhando que o hotel vai ter várias iniciativas que procuram acompanhar a sazonalidade da cultura local e das tarefas agrícolas.

Dispõe de dez bicicletas eléctricas para os hóspedes se deslocarem por vários percursos. “Haverá todo um conjunto de tarefas que vai enriquecer a estadia dos nossos hóspedes, com mostras ligadas ao azeite, à castanha ou ao vinho”, conta Nuno Tavares Pereira, considerando que este hotel de “charme” tem viabilidade e vai também potenciar economicamente a região.

“Já temos clientes a procurar a partir de que momento passaremos a receber hospedes. Depois, após o COVID, as pessoas passaram a ter outro interesse pelo turismo interno e temos também o sector do turismo de terceira idade a crescer. Portanto, acreditamos que este Palace Hotel Midões é uma oportunidade para o para a região”, sublinha Fernando Tavares Pereira que em 2012 apresentou um projecto para abrir um hotel museu. Os incêndios de 2017, contudo, consumiram quase por completo o espólio de peças históricas da região que ao longo do tempo o empresário foi adquirindo. “A partir desse momento deixou de ter viabilidade esse projecto e a aposta passou para um hotel “de charme e de elevada qualidade”. E nasceu o Palace Hotel de Midões, uma estrutura que se encontrará desde 16 de Dezembro a cumprir a fase de Soft opening (em fase de teste de serviços) durante 90 dias.

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