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Politécnico de Coimbra substitui cursos na ESTGOH

Engenharia Civil e Gestão Integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança são os dois cursos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) que, no próximo ano letivo, não terão qualquer número de vagas atribuído.

Em conferência de imprensa realizada ao final da manhã de hoje com o objetivo de clarificar “alguma contra-informação” e “especulação” relativamente ao futuro da ESTGOH, o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra esclareceu que as alterações que vão ser introduzidas na escola de Oliveira do Hospital visam adequar a oferta formativa  àquilo que é a procura registada pelos alunos.

Ainda que não haja certezas absolutas relativamente aos dois cursos a extinguir, Rui Antunes apontou para as licenciaturas de Engenharia Civil e Gestão Integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança, não colocando de lado a possibilidade de no próximo ano letivo encerrar apenas o curso de Engenharia Civil.

O presidente do IPC advertiu, porém, que não está em causa a simples extinção de cursos, mas antes a sua substituição. “Não queremos fechar cursos. Queremos que a escola cresça e mantenha a sua dimensão”, garantiu, explicando que está a ser preparada a candidatura para abertura dos dois novos cursos substitutos.

Rui Antunes não adiantou quais vão ser as novas ofertas formativas da ESTGOH e chegou até a admitir que as candidaturas não sejam aprovadas até ao início do próximo ano letivo. A ser assim, no próximo ano, a ESTGOH funcionará apenas com três licenciaturas, mas Rui Antunes desvalorizou a questão por considerar que em face do número de alunos que acorre àqueles dois cursos, a escola atingirá um corte no número de alunos que nem deverá atingir as três dezenas. “Depois será restabelecido o equilíbrio no ano seguinte”, referiu.

Pese embora a indefinição relativamente aos dois novos cursos, Rui Antunes tem a certeza de que os mesmos não irão implicar a contratação integral do corpo docente.

 Preocupado em assegurar que a ESTGOH não está em processo de encerramento, o presidente da Câmara Municipal deu conta do trabalho que tem sido desenvolvido junto da ESTGOH, IPC e outras unidades orgânicas. José Carlos Alexandrino considera que “Coimbra tem obrigação de ser solidária com a Oliveira do Hospital” e, ao mesmo tempo, defende que a ESTGOH deve também envidar esforços no sentido de “gerar receitas próprias para conseguir sobreviver”.

Sublinhou a ligação que existe entre a ESTGOH e a Câmara Municipal ao nível da recém criada Plataforma, mas também avisou que não é intenção do município liderar o projeto da escola.

Escusando-se, no início, a prestar declarações, o presidente da ESTGOH acabou por destacar a importância da ESTGOH na dinâmica do concelho e da região. E, sobre a intenção anunciada por Rui Antunes considerou que a escola “não pode ficar agarrada a uma situação que não conduza a um quadro concreto de desenvolvimento”.

Contudo, apesar de não se revelar avesso à mudança, Jorge Almeida avisou que a mesma “deve integrar um contexto de decisão mais alargado”.

Engenharia Civil e Gestão Integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança foram os cursos que, na primeira fase de colocação de alunos no último ano letivo registaram o menor preenchimento de vagas. Das 56 disponíveis, apenas foram preenchidas 18. Apesar da intenção de extinção dos dois cursos, os alunos do 2º e 3º anos continuam a frequentar as licenciaturas na ESTGOH.

Novas instalações da ESTGOH…só com financiamento do QREN

Numa conferência destinada a pôr fim à especulação em torno da continuidade da escola, José Carlos Alexandrino assegurou ter “todas as condições para lançar a obra das novas instalações da ESTGOH estimada em três milhões de Euros”, mas informou que o processo se encontra em “stand by” pela impossibilidade de a autarquia se candidatar à linha do QREN que financia projetos como o da ESTGOH.

Segundo explicou, o processo estava nas mãos do secretário de Estado Fernando Medina, mas encontra-se parado devido à queda do governo. “É fundamental que o compromisso seja assumido por outro governante”, referiu o presidente de Câmara que em face do corte estimado da receita de cerca de três milhões de Euros já para 2013, entende que a obra não deve ser suportada apenas com dinheiros da autarquia.

Apesar de garantir que a “Câmara ainda teria capacidade financeira para enfrentar a obra sozinha”, José Carlos Alexandrino entende que o executivo “tem que aproveitar as oportunidades do QREN para meter menos dinheiro nas obras do coletivo”.

O autarca não coloca ainda de parte a possibilidade de serem efetuados cortes ao projeto, para que o novo edifício possa ter “uma adaptação versátil no futuro”.

Em face da indefinição no acesso ao QREN, Alexandrino não está em condições de manter a data de inauguração do edifício para 2012. “Mantenho o compromisso de que continuarei a lutar para que a escola possa ser uma realidade durante este mandato”, concluiu.

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