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Um dia depois de terminar, a CM de Tondela explicou ao pormenor todos os números registados na FICTON, desde gastos a receitas, passando pelo número de visitantes e expositores, entre 13 e 18 de Setembro.
A 29ª edição da Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON) atraiu milhares de espectadores, durante 5 dias, este ano num novo espaço que “recebeu elogios por parte dos visitantes”. Ao todo, refere a autarquia, foram 35 mil os espectadores, entre visitantes, convidados e expositores, que passaram pela FICTON, que ontem (18 de Setembro) chegou ao fim. O dia com mais afluência foi o do feriado municipal (16 de Setembro), em que actuou Nininho Vaz Maia. Nesta data entraram no recinto das festas 13 mil pessoas. Já em termos de estima-se um custo 450 mil euros. Já a receita rondou os 130 mil euros.
“Com a dimensão do evento que apresentámos este ano, com a dignidade, com os espaços harmoniosos, com um incremento muito significativo no nível de segurança penso que podemos dizer que foi uma aposta ganha. Os comentários que fomos recebendo ao longo dos cinco dias do evento foram extremamente positivos por parte de toda a população”, realçou hoje a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, uma conferência de imprensa convocada para relevar com total “transparência os resultados e os pontos fortes e menos fortes” da edição deste ano das Festas do Concelho.
“Foi uma aposta ganha. Este é o local ideal [espaço da feira semanal] para a FICTON se realizar nos próximos anos. Acho que é uma ideia consensual. Estamos muito satisfeitos com a forma e com os resultados que tivemos neste ano em 2023”, acrescentou.
A apresentação dos números coube à vereadora com o pelouro dos eventos na autarquia, Vera Machado, que adiantou que em média por dia passaram pelo recinto da FICTON sete mil pessoas. Este número diz bem da escala e capacidade que o evento ganhou porque este número de pessoas não seria possível acomodar no espaço antigo [junto ao Pavilhão Municipal]”, considerou.
Em termos de custos, o ano passado o certame, que teve mais um dia [seis], custou 380 mil euros. Já a receita rondou os 72 mil euros. Este ano aumentaram ambas. “Este ano é óbvio que dado à escala e a este espaço magnífico houve um incremento de custos. Gastámos cerca de 450 mil euros, mas também houve um incremento da receita na casa dos 80%. Este ano temos de receita estimada cerca de 130 mil euros”, adiantou, revelando que os ganhos apurados dão “para pagar todo o cartaz e todos os artistas”. “Acho que é um saldo muito positivo. Conseguimos fazer quase com o mesmo uma coisa muito melhor e, portanto, estamos num bom caminho”, argumentou aos jornalistas.
Mais sustentável
Além do aumento da receita, há a destacar o incremento da sustentabilidade do evento. Do ponto de vista ambiental, os copos reutilizáveis permitiram com que cerca de 50 mil copos plásticos não tenham sido encaminhados para a reciclagem. A aposta em iluminação led permitiu também reduzir a pegada ecológica.
“O caminho é para a sustentabilidade não só ambiental, energética, mas também financeira. Há aqui um potencial enorme de busca de receita. Este ano não exploramos a questão dos patrocinadores e há aqui um potencial enorme que vamos trabalhar num novo regulamento”, salientou Vera Machado.
Pontos fortes
A presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, apontou como aspetos positivos a melhoria das condições de segurança no recinto, o facto de o evento ser para toda a família, o aumento do número de stands ligados ao artesanato e ao setor automóvel. Destacou também a criação de novos espaços, como o fraldário, a zona para os cidadãos com mobilidade reduzida poderem assistir aos espectáculos em frente ao público, o reforço do número de casas de banho e a sinalética que foi colocada no recinto. “Também foi muito positiva a questão das bilheteiras. Não tivemos qualquer tipo de constrangimento na entrada e na venda de bilhetes”, referiu.
Como aspectos a melhorar nas próximas edições, e reforçado que o novo espaço “apresenta características e melhorias significativas face às edições anteriores”, a autarca apontou a colocação de mais sanitários junto à zona de espectáculos, o aumento do espaço na zona das tasquinhas, tanto para quem se encontra a comer, como para quem confecciona as refeições, e da zona nas traseiras dos bares. Carla Antunes Borges deixou ainda um agradecimento público aos funcionários do município que estiveram por detrás da organização, sublinhando o seu profissionalismo e empenho do primeiro ao último dia da “nova FICTON”.
Números
A Feira Industrial e Comercial de Tondela este ano contou com mais de 80 expositores, entre stands de empresas, associações, artesãos e produtores locais. As tasquinhas, os tradicionais espaços de comes e bebes, foram exploradas por nove colectividades concelhias. Em funcionamento estiveram ainda 16 bares, da responsabilidade de outras tantas associações do concelho.
Ao longo dos cinco dias de festa houve mais de 24 horas de música em 19 concertos. Pelos dois palcos da FICTON passaram 11 grupos com músicos do concelho. Entre os dias 13 e 18 de Setembro realizaram-se mais de 30 actividades. Em cinco showcookings deram-se a provar os melhores produtos regionais. Duzentos e sessenta e três jovens foram agraciados com os prémios de mérito escolar. A chuva levou ao cancelamento de três iniciativas, o espectáculo Filmus da ACERT, a manhã desportiva e o desfile de moda promovido em parceria com a Associação Comercial de Tondela.
Feira semanal
Nesta altura já se procedem as desmontagens das estruturas da FICTON, num trabalho que deverá estar concluído na próxima semana. A feira semanal volta ao espaço habitual no próximo dia 2 de Outubro. No regresso ao recinto de sempre a feira deverá ser reorganizada, indo ao encontro das pretensões dos próprios feirantes.
