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Vereador independente quer que Lourosa se transforme numa das “principais âncoras do concelho”

 

… para efeitos de boa promoção turística. Alexandrino lembra que falta financiamento.

Numa altura em que já se iniciou a contagem decrescente par o início das comemorações do jubileu e 1100 anos da Igreja Moçárabe de Lourosa – arrancam a 15 de janeiro – o vereador independente do movimento “Oliveira do Hospital Sempre” defendeu esta manhã a realização de trabalhos de requalificação no espaço envolvente ao templo milenar e na própria localidade.

“Lourosa merece uma requalificação”, defendeu em reunião pública da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital entendendo que se trata de um fator determinante para efeitos de promoção junto dos promotores turísticos.

O eleito independente que sugeriu ainda uma maior proximidade com a comunicação social com o objetivo de uma mais eficaz divulgação das comemorações entende que a “divulgação daquele património teria mais impacto se tivesse infra estruturas devidamente requalificadas”.

Ainda que a sua pretensão não se afaste daquilo que são os objetivos do município e da própria comissão responsável pela organização das comemorações, o eleito independente ficou esta manhã a par daquilo que é a dura realidade afeta ao caso e que se traduz na falta de uma linha que financie os trabalhos previstos na 1ª fase de requalificação do centro histórico de Lourosa, cujo projeto que prevê um investimento de 170 mil euros, só foi aprovado no verão passado.

“O que eu pretendo é que a intervenção seja financiada”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que continua à espera de uma reunião com a diretora regional da cultura do Centro, dando contudo como certa uma intervenção ligeira, ainda durante este mês, na zona envolvente à igreja moçárabe de Lourosa.

Um situação que merece a compreensão do antigo presidente da Câmara que responsabiliza “as burocracias dos organismos do poder central” pelos atrasos inerentes à desejada requalificação. “Se a obra não está realizada não tem a ver com a falta de empenhamento da autarquia”, observou Mário Alves, que também foi apoiado pelo independente Paulo Rocha, ao lembrar que se trata de um monumento nacional e onde mais uma vez se constata que “o Estado não faz, nem deixa fazer”.

Justificações que não foram suficientes para Mendes, que chegou ainda defender a realização de alguma requalificação sem necessidade “dessas burocracias”. “A Câmara deve incentivar, através de programas, a requalificação das próprias habitações”, sublinhou o eleito independente que pretende que a localidade de Lourosa seja encarada como “uma das principais âncoras do concelho”.

“Neste momento em Lourosa, tão importante como a requalificação é a construção de casas de banho”

Um propósito que para o antigo presidente da Câmara tem alguma dificuldade em ser alcançado por estar em causa uma localidade que “ infelizmente, tem o maior número de casas devolutas e não tem um café”.

O vereador do PSD foi ainda mais longe ao constatar a inexistência de casas de banho públicas que possam ser colocadas ao serviço dos turistas. “Neste momento em Lourosa, tão importante como a requalificação é a construção de casas de banho”, verificou, sugerindo até que as mesmas possam vir a funcionar, depois de negociação com a igreja, na casa paroquial localizada na proximidade da igreja moçárabe. Um espaço onde Alves também defende que seja instalado um balcão de venda de produtos alusivos às comemorações e que a comissão prevê colocar em funcionamento com a instalação de um quiosque na zona central da localidade.

O quiosque integra o grupo de ações que a vereadora da Cultura hoje divulgou na reunião do executivo, destinado a assinalar o jubileu e os 1100 anos do templo datado de 912. Colocação de outdoors e até de um pórtico alusivo ao monumento no IC6 são medidas que estão na mente da comissão organizadora da qual o município faz parte, bem como a criação de uma linha de merchandising.

“Até agora o trabalho não tem sido fácil, mas acho que estamos no bom caminho”, referiu Graça Silva dando como certa a organização de um programa com “diversidade muito grande a nível cultural e religioso”. Segundo contou, para este mês está ainda prevista a realização de uma conferência de imprensa destinada conferir maior visibilidade a toda a programação. “Se vai haver conferências é para divulgar e promover junto da comunicação social”, referiu entretanto o presidente da Câmara Municipal em jeito de resposta à intervenção de Mendes no sentido de haver uma maior aproximação junto da comunicação social.

Para José Carlos Alexandrino – elogiou o trabalho que tem vindo a ser feito pela comissão organizadora, – o “programa é bastante ambicioso” e prevê “uma dinâmica com acontecimentos consecutivos”.

Uma opinião que não é partilhada por Mário Alves que considera estar em face de “uma programação elitista que deve ser reduzia ao mínimo”. “Devemos catapultar o que é acessível ao público em geral”, observou, sugerindo a realização de uma grande feira medieval ou de um concerto de música clássica. Sugestões que, segundo Graça Silva, não são novidade para a comissão de trabalhos, por já constarem da programação.

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