… deputado socialista José Carlos Alexandrino, desafiando Mário Alves a contactar o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, para que os programas de combate à pobreza possam ser implementados no município.
“Devemos aproveitar esses programas”, acrescentou Alexandrino, pegando no exemplo de outros municípios que “já tomaram algumas medidas para facilitar a vida dos munícipes”.
Consciente da existência de “algumas bolsas de pobreza que é preciso combater”, o deputado socialista lembrou que o Plano e Orçamento para 2009 contempla um Fundo de Emergência Social e Municipal e, questionou o presidente sobre a sua real aplicação e necessidade de um regulamento.
“Eu até gosto de falar sobre isso”
Visivelmente satisfeito – “eu até gosto de falar sobre isso”, referiu – por o tema ser levantado em Assembleia Municipal, Mário Alves não se poupou em criticar a actuação do Governo.
“Se temos medidas de excepção para tudo, por que é que não há medidas para as autarquias poderem admitir pessoal para limpeza florestal”, sustentou, questionando também “por que é que o Governo não transfere para as autarquia obras ao nível de águas, saneamentos…para manter o pessoal das pequenas e médias empresas a trabalhar?”.
Verificando que actualmente “está-se mais preocupado com a questão do subsídio do que do trabalho”, Mário Alves foi também taxativo ao afirmar que “os programas do Governo devem ser aplicados pelo Governo e não pelas autarquias”.
Na sequência da proposta efectuada por José Francisco Rolo de candidatura à criação dos designados Gabinetes de Inserção Profissional, o autarca oliveirense esclareceu que o assunto estava a ser tratado pelo município e que a candidatura foi entregue dia 19 de Fevereiro.
“Espero é que o Governo não faça com esta candidatura, o que fez com outras já apresentadas, não as tendo aprovado”, sublinhou, garantindo aos deputados municipais que, vão ficar estupefactos, quando tiverem conhecimento das recusas do Governo a candidaturas da autarquia, exemplificando com o caso de uma candidatura para um polidesportivo em sintético, que foi “ignorada”.
O presidente da Câmara assegurou, contudo, estar disponível para, a este nível, “fazer o que há fazer”, por entender que “a última coisa que se deve fazer é colocar uma pessoa em casa”. “Isso é que eu não quero em Oliveira do Hospital”, afirmou, para mais tarde referir que o Fundo de Emergência Social será aplicado em situação de carência, verificada pelos serviços sociais do município.
“O dinheiro é para ser aplicado, mas junto de quem precisa”, referiu, explicando que a decisão será sempre tomada em sede de executivo, em órgão colegial.