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Conselheiro do IPC acusa ex presidente da ESTGOH de “ajudar a denegrir a imagem da Escola”

A polémica em torno da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) está longe de ficar ultrapassada. Em reunião da Assembleia Municipal, realizada sexta-feira à noite, um elemento do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Coimbra(IPC) fez uso do tempo disponibilizado aos munícipes para, de sua justiça, fazer uma interpretação dos últimos momentos vividos pela ESTGOH.

Ainda que tenha considerado que o presidente do IPC “não foi feliz” com a tentativa de encerramento ocorrida no verão passado, foi sobre o ex presidente da ESTGOH que Rui Fernandes lançou duras críticas. “Alguém não pode vir dizer que defende a escola, quando sempre defendeu um conjunto de professores”, afirmou, acusando ainda Jorge Almeida de “não querer largar certos lacaios para projetar o futuro da Escola”.

“Daí estas trapalhadas”, continua o engenheiro de formação, certo de que “o presidente da ESTGOH também ajudou a denegrir a imagem da escola”.

Aos deputados municipais, Rui Fernandes revelou-se ainda confiante na nova oferta formativa, na área da Saúde, prevista para a ESTGOH, que – como disse – a nível nacional, regista níveis elevados de procura, chegando a triplicar relativamente ao número de vagas disponíveis. “Se partirmos com 120 vagas, teremos 200 candidatos”, referiu, notando que os novos cursos “não chegaram cá aos trambolhões” – “o presidente do IPC foi elucidado pelo secretário de Estado e pelo ministro”, frisou – e que “a perspetiva a longo prazo não é de todo má”.

O conselheiro que também foi àquele órgão autárquico para “desmistificar” dados que têm sido avançados em relação à ESTGOH – “o número de alunos estava de facto a decrescer”, frisou – falou da importância se de encarar a nova oferta formativa “pela positiva”. “Vamos olhar pela janela de oportunidades que temos”, insistiu Rui Fernandes avisando que se trata de “um caminho que foi apontado como sendo único, porque ou é isto, ou não é nada”.

Exposição mediática é prejudicial à ESTGOH

O presidente da Câmara Municipal que já tinha notado a sua indisponibilidade para se pronunciar acerca daquilo que são os assuntos internos da ESTGOH, também na Assembleia Municipal não comentou a intervenção de Rui Fernandes, optando apenas por lhe agradecer todo o empenho que tem tido no caso da escola oliveirense.

“Um dia a história da ESTGOH há-de se escrever”, referiu ainda José Carlos Alexandrino, vincando o trabalho feito pelo município para que o ensino superior continue em Oliveira do Hospital.

O autarca insistiu com o que, momentos antes, já tinha referido naquele órgão, apelando para que não se fale muito acerca da ESTGOH porque a “escola já teve muitos prejuízos derivados da exposição mediática”.

O tema da ESTGOH foi de abordagem inevitável na última Assembleia Municipal, onde o deputado da CDU e presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira apelou à “mobilização da população e forças vivas da cidade, cuja vida muito depende da ESTGOH a funcionar com bons cursos e muitos alunos”. “Devemos reclamar à tutela aquilo que à tutela compete decidir e atribuir para a ESTGOH”, defendeu João Dinis, considerando que em Oliveira do Hospital se devem reeditar lutas semelhantes às já realizadas na defesa das urgências do Centro de Saúde.


Também do lado do PSD, João Esteves defendeu a criação, a partir da Assembleia Municipal, de uma comissão para dialogar com o IPC e com o objetivo de tornar a escola mais “estável e credível”.

Uma proposta que muito satisfez o deputado do PS e presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Hospital que se congratulou por “pela primeira vez, ver a bancada do PSD trazer cá o tema da ESTGOH”. Nuno Oliveira não deixou, porém, de efetuar um reparo ao périplo realizado pelos deputados do PSD na Assembleia da República ao concelho de Oliveira do Hospital. “Porque é que não foram à ESTGOH? Teve que o presidente da ESTGOH se deslocar ao almoço”, observou Oliveira.

Ainda sobre esta matéria e em resposta às intervenções dos deputados municipais, o presidente da Câmara disse ter reunido com a presidentes das comissões políticas concelhias do PSD e CDS-PP, Sandra Fidalgo e Maria José Falcão de Brito, respetivamente, para com ele se deslocarem a uma reunião com o secretário de Estado. Alexandrino disse ainda estar disponível para que se avance com a comissão proposta por João Esteves e deixou um recado aos deputados que visitaram concelho: “disseram que o governo não deixou fechar a escola, mas se um dia a escola fechar assumam que foi o governo que fechou a ESTGOH”.

O deputado do PSD Rui Abrantes não deixou sem resposta o presidente da Junta de Oliveira do Hospital, informando que os deputados não se deslocaram à ESTGOH porque o partido, a nível local, partilha da opinião de Alexandrino de que a mediatização é prejudicial.

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