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Presidente da Câmara e líder distrital do PSD envolvem-se em troca de “mimos”

…se ofereceu a “figuras secundárias” do partido.

Está instalado o clima de crispação entre o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, independente eleito nas listas do PS nas últimas autárquicas, e o presidente da Comissão Política Distrital do PSD.

Em causa está uma alegada aproximação de figuras do PSD a José Carlos Alexandrino para que o atual presidente da autarquia se venha a perfilar como candidato à Câmara Municipal por aquele partido.

O caso denunciado pelo jornal regional “Campeão das Províncias” aquando da notícia de admissão do vereador Paulo Rocha no executivo em permanência da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital teve até já a confirmação do presidente da Comissão Política Concelhia do PS, José Francisco Rolo que àquele jornal contou ter sido informado do caso pelo próprio José Carlos Alexandrino na última reunião da estrutura concelhia do PS.

Uma situação que, segundo contou, não o preocupa por encarar Alexandrino “como homem de uma só camisola”. Na opinião de Rolo, o episódio mais não é do que uma “investida do PSD no sentido de destabilizar quem está à frente da edilidade”.

A alegada aproximação de figuras do PSD a José Carlos Alexandrino não é contudo confirmada pelo líder da distrital laranja que chega a inverter as posições, para garantir que Alexandrino é que se terá oferecido a “figuras secundárias do PSD” para se perfilar à presidência.

Um cenário considerado por Marcelo Nuno “impossível”, porque “para se ser candidato pelo PSD é indispensável muito mais do que beber uns copos com amigos e distribuir sorrisos”.

Visivelmente desagradado com a notícia do alegado “assédio” a Alexandrino por parte do PSD, Marcelo Nuno parte mesmo para uma apreciação negativa do trabalho feito pelo autarca oliveirense, chegando a notar que o município “está mal governado, sem rumo e sem estratégia”.

“Alexandrino transformou a política em Oliveira do Hospital num pântano”, continua Marcelo Nuno em declarações àquele jornal regional, frisando ainda que “para se ser candidato pelo PSD são indispensáveis determinadas qualidades e é necessário caráter”.

Declarações que mereceram um comunicado do presidente da Câmara Municipal e onde garante que não se ofereceu para candidato pelo PSD às autárquicas de 2013. “Alguns responsáveis do PSD sabem de onde partiu a iniciativa”, assegura, registando que “este facto indesmentível demonstra que Marcelo Nuno é um líder fraco que não tem controlo sobre a estrutura partidária que dirige e sobre os convites que são feitos em seu nome”.

Quanto às críticas à forma de governação do município, Alexandrino argumenta ainda que “quem irá julgar as qualidades e os defeitos de todos os candidatos à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e avaliar, no caso de eventual recandidatura, o trabalho desenvolvido, seja em 2013 seja nos sufrágios subsequentes, serão todos os cidadãos eleitores recenseados no concelho de Oliveira do Hospital e não qualquer presidente de qualquer distrital de qualquer partido ou força política”.

O autarca oliveirense vai ainda mais longe ao lembrar ao líder da distrital laranja qual o seu papel na estrutura que dirige. “O exercício de cargos de direcção política e partidária devia obrigar os seus titulares a usarem de bom senso, de respeito institucional por todos os eleitos e sobretudo de contenção verbal”, observa Alexandrino que chega até a colocar em causa a existência de “algum distúrbio emocional do autor, eventualmente motivado por um grau quase incontrolável de nervosismo”.

Declarações que não ficaram sem resposta por parte de Marcelo Nuno que justifica a vitória de Alexandrino nas eleições de 2009 com o facto de ser “simpático e de beneficiar das diferenças entre os seus adversários”. Ainda que sensibilizado com a preocupação de Alexandrino acerca do seu estado emocional, Marcelo Nuno disse que “isso só mostra que é uma pessoa muito simpática, mas não faz dele um bom presidente nem um bom candidato à Câmara”.

“Convenceu-se que, para ser um bom presidente de Câmara, basta continuar a distribuir charme e simpatia e a fazer jogos palacianos para dividir os seus adversários, mas isso não chega nem o qualifica para ser candidato pelo PSD”, advertiu ainda o líder da distrital laranja que aconselhou Alexandrino a preocupar-se com o cumprimento das suas promessas eleitorais.

Na troca de galhardetes, Marcelo Nuno não deixou também de criticar a admissão de sociais democratas na equipa socialista “depois de os ter criticado”. Para o líder da distrital do PSD, tal facto é revelador de que o “partido (PS) está sem alternativas e de cócoras”.

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