Reconhecida por todos como uma das fundadoras da Eptoliva, Maria Antónia Matos faleceu na passada quarta-feira no Brasil, país para onde rumou sozinha, no passado dia 28 de abril, para tratar de assuntos pessoais.
De acordo com informação apurada pelo correiodabeiraserra.com, a reconhecida filha do concelho oliveirense terá sido encontrada caída no quarto de hotel já sem vida, tendo sido já sujeita a autópsia, cujo resultado associou o falecimento a problemas do foro cardíaco.
Com 72 anos, Maria Antónia Matos está associada a um vasto e notável currículo. Formada em Ciências Biológicas com Matemáticas e Ciências Pedagógicas, a destacada figura oliveirense iniciou a sua carreira profissional no Colégio Brás Garcia de Mascarenhas, onde lecionou durante 10 anos, e foi diretora da Escola Secundária de Oliveira do Hospital.
Em Maio de 1974 integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, onde ocupou o lugar de vereadora até 1978. Um período de tempo, em que Maria Antónia Bastos ficou conhecida pela sua luta pela construção das Escolas Preparatória e Secundária.
Foi ainda em 1978, que o Ministério da Educação requisitou os seus serviços para desempenhar funções de Sub-Directora Geral no Instituto de Acção Social Escolar e Seguro Escolar, em Lisboa. Ao mesmo tempo, foi Coordenadora da Acção Social Escolar numa vasta região da Zona Centro, apoiando todas as Escolas do Ensino Preparatório e Secundário.
O regresso às origens aconteceu quatro anos depois, altura em que assumiu funções lectivas em Escolas da Região.
De destaque foi também a sua passagem pela EPTOLIVA, ficando para sempre conhecida como a primeira diretora daquela escola profissional, cargo que ocupou até final do ano lectivo de 1998/99, altura em que cumpriu 36 anos de serviço.
Um percurso notável que levou a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital a prestar-lhe devida homenagem. Tal aconteceu no feriado municipal, em 2006, altura em que Maria Antónia Matos foi distinguida com a medalha de mérito municipal.
Natural de Seixo da Beira, Maria Antónia Matos, era casada e residia em Lisboa. A Oliveira do Hospital vinha “de tempos a tempos” para “matar saudades”. Confidências que a própria teve oportunidade de partilhar com o Correio da Beira Serra em fevereiro de 2007, em entrevista com Carlos Alberto, para a rubrica “Figuras”.
O corpo de Maria Antónia Matos ainda se encontra no Brasil, desconhecendo-se por esta altura a data e hora do seu funeral.