… com a de Oliveira do Hospital. Um plenário com a população ocorrerá em breve.
Sinalizada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) como uma das cinco freguesias a agregar no concelho de Oliveira do Hospital, a freguesia de S. Paio de Gramaços vem a público rejeitar aquela decisão que obriga à agregação de S. Paio de Gramaços com Oliveira do Hospital.
“O executivo e a Assembleia de Freguesia numa ação conjunta repudiam veementemente os argumentos apresentados pela UTRAT”, lê-se no manifesto ontem aprovado em reunião extraordinária daquela autarquia que, para breve, vai realizar um plenário com a população, no sentido de discutir a proposta da UTRAT.
“Uma eventual união de freguesias só deve ser aceite se for essa a vontade de toda a população”, entende a autarquia a que preside o social-democrata Nuno Costa e que, neste luta, conta com o apoio unânime de todos os elementos da Junta e Assembleia de Freguesia.
Em causa está uma proposta de união que não cai bem entre as gentes de S. Paio de Gramaços, tendo em conta aquela que é a dinâmica da freguesia, nos vários domínios. “S. Paio possui um conjunto de equipamentos e serviços de índole social que que muitas das supostas agregativas não têm”, registam, destacando toda a dinâmica empresarial, onde a empresa do grupo Sonae, com cerca de 150 trabalhadores, surge à cabeça de um conjunto variado de empresas que têm contribuído para a “fixação de novos agregados familiares”.
“Como é que a sexta freguesia em termos populacionais pode ser agregada, quando apresenta tendência de crescimento?”, questiona a autarquia, aludindo para o facto de S. Paio de Gramaços contar com 991 habitantes e ter sido das poucas freguesias do concelho que, de acordo com os últimos censos, não registou quebra populacional.
O argumento da “proximidade” com a freguesia de Oliveira do Hospital não é considerado pelos sampaenses como suficiente para ditar a agregação com aquela freguesia, razão que os leva a questionar se de facto , os elementos a UTRAT se deslocaram ao local para se inteirarem das reais condições.
“Ficamos com sérias dúvidas”, registam, chamando a atenção para o facto de que “uma perspetiva é a que se tem no terreno e, outra muito diferente é a que se tem através dos mapas”.
Ainda que em face de uma “proposta concreta”, a Junta e Assembleia de Freguesia de S. Paio de Gramaços garantem não baixar os braços. “As forças vivas e toda a população não podem alhear-se e deixar de lutar pela defesa da não extinção da sua freguesia”, avisam.