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Aldeia das Dez assinalou cententário da iluminação pública na freguesia

 

Faz amanhã, 24 de dezembro, 100 anos que a iluminação pública surgiu em Aldeia das Dez. Um feito que, na altura, surgiu como uma novidade na freguesia de montanha, numa altura de dificuldades económicas. “Com determinação meteram ombros a uma obra de iluminação pública”, recordou Viriato Gouveia, habitante e escritor de Aldeias das Dez, destacando o empenho dos “aldeenses” que “deram luz a Aldeia das Dez”, fazendo com as próprias mãos os candeeiros a carboreto que, durante muitos anos, serviram para iluminar os principais pontos da localidade.

Uma efeméride que a recém criada associação de melhoramentos Aldeense não quis deixar de assinalar, numa comemoração em que contou com a colaboração da Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. Para além de assinalar o centenário da chegada da luz ao espaço público, a cerimónia hoje realizada pretendeu destacar o verdadeiro significado daquela conquista de há 100 anos. Uma ideia que partiu do aldeense José Reis por entender que naquele tempo existia “ideia de progresso”.

“Era a ideia de progresso e o significado de bem estar que acontecia”, referiu o professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, na certeza de que “se queremos olhar para o futuro com mais esperança do que estes tempos negros, tem que se reavivar esse passado”.

“Trouxe auto-estima a esta terra tão bem localizada”, considerou a presidente da Junta de Freguesia de Aldeia das Dez que, certa da importância que a iluminação representa para uma aldeia de montanha, apelou à Câmara Municipal para que a freguesia seja poupada no que respeita à contenção de iluminação. “Não nos peça para dizer quais as luminárias em excesso”, referiu Sónia Madeira que valorizando o facto de a freguesia integrar a Rede das Aldeias do Xisto, entende que a diminuição da iluminação será prejudicial à freguesia no âmbito daquele projeto. “Estamos a preparar os caminhos pedestres e preparamo-nos para abrir uma loja do Xisto e precisamos ainda de mais luz”, argumentou.

Em face de “mais um símbolo”, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital sublinhou a importância de se evocar aquilo que é a “memória”, centrando-se porém no presente para destacar o trabalho que tem vindo a ser feito em Aldeia das Dez. José Carlos Alexandrino referiu-se, em particular, ao investimento de 1.250.000,00 Euros na freguesia, destinados a melhorar a qualidade de vida da população. “Poucas freguesias terão tido este investimento”, referiu o autarca, na certeza também de que “muito está por fazer”.

Reiterando a intenção de apagar as luminárias em zonas pouco habitadas das 21 freguesias do concelho como forma de reduzir a fatura anual que ultrapassa os 600 mil Euros,  Alexandrino colocou o problema do saneamento básico, que classificou de “problema central”, no centro das suas preocupações. “É a nossa grande batalha”, referiu, explicando tratar-se de uma área que não depende exclusivamente do município, por se encontrar sob a alçada da Águas do Zêzere e Côa que diz não ter parecer favorável do ministro das Finanças. “Os processos ficam assim congelados num gabinete em Lisboa”, lamentou o presidente da Câmara , confiante porém na boa resolução do problema maior da freguesia.

“É preciso termos esperança”, afirmou, assegurando ter aos seu lado uma “grande equipa de trabalho” que, em 2013, conta levar por diante programas de apoio a projetos agrícolas, estímulo ao emprego e bolsas de estudo. “São medidas direcionadas para as pessoas e para os mais frágeis”, garantiu.

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