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ESTGOH: hipótese de construção das novas instalações em Lagares da Beira continua em cima da mesa

Com o auditório da caixa de crédito completamente a “rebentar pelas costuras” – a sessão foi participada por mais de uma centena de alunos –, o assunto foi colocado em discussão pelo moderador do debate, Francisco Rodrigues, que questionou o director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, Nuno Fortes, e o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Torres Farinha, sobre dois pontos: as novas instalações da ESTGOH, e o aparecimento de um boato – muito difundido nos fóruns de discussão da edição online do Correio da Beira Serra – a insinuar que aquele estabelecimento de ensino superior estava em vias de ser deslocalizado para a Figueira da Foz.

À segunda questão, Nuno Fortes respondeu ao que classificou como “a provocação da Figueira” com uma pergunta: “Por que não o Mónaco? Elevemos o sonho e procuremos um lugar paradisíaco”, ironizou o director da ESTGOH, concluindo que tudo não passa de “um perfeito disparate e uma campanha lançada não se sabe com que intuito”.

Sobre a construção das futuras instalações da escola, Fortes disse que gostava de ter “uma varinha de condão para resolver o problema”, mas explicou que a solução terá que aparecer no seio de “um triângulo estratégico”, em cujos vértices estão o Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e o Instituto Politécnico de Coimbra.

Quanto à polémica da localização, Fortes especificou que a sua preocupação central assenta “em arranjar uma alternativa à solução que a escola tem… independentemente de ser fora do perímetro urbano da cidade, ou até em Lagares da Beira. Vamos chamar as coisas pelos nomes”, referiu o director daquele estabelecimento de ensino, esclarecendo que a construção das novas instalações no antigo Centro de Negócios da Acibeira é uma hipótese que está em cima da mesa.

” Primeiro que tudo é preciso que haja vontade política”

Considerando que julga que “toda a gente quer a escola na cidade”, Fortes advertiu no entanto os participantes do debate para o facto de existirem “questões de natureza financeira” que poderão influenciar a decisão. Adiantando que existem vários tipos de soluções “estudadas” e até “orçamentadas”, tanto para uma construção de raiz como para uma “reconstrução” – como seria o caso de Lagares da Beira –, Fortes foi peremptório ao considerar que “primeiro que tudo é preciso que haja vontade política para a resolução do problema”.

O que aquele responsável da ESTGOH também defende é que “exista uma solução consolidada no início do próximo ano lectivo, para que esta angústia não se prolongue”. Pois – conforme sustentou –, a ESTGOH está a rebentar pelas costuras e “não tem instalações condignas”.

O presidente do IPC, também desafiado a comentar a “parte difícil” – conforme a considerou – da localização da ESTGOH em Lagares da Beira, não se quis comprometer com cenários, mas assegurou ter trabalhado com o presidente da câmara de Oliveira do Hospital, quer ao nível da aquisição de um terreno na cidade, quer na solução de implantação de um campus universitário nas devolutas instalações da ACIBEIRA.

Torres Farinha, deixou no entanto que se percebesse que ele próprio não descarta a solução de Lagares da Beira, embora tenha admitido que “as duas soluções são discutíveis”. “Há ali um espaço com potencial onde está muito dinheiro do erário público”, sublinhou o presidente do IPC, numa alusão à necessidade de se “transformar aquele espaço”, através de um projecto polivalente e ambicioso.

Presidente do IPC apela a uma discussão “sem constrangimentos de visão bairrista”

 De resto, Farinha lembrou que a cidade de Oliveira do Hospital tem que se expandir para as suas áreas de crescimento, e até revelou que o projecto do IPC para Lagares da Beira – um investimento que poderá vir a ser financiado pelo QREN – pode contemplar um sistema de “transportes ecológicos de 15 em 15 minutos”.

O presidente do IPC apelou ainda para que a discussão em torno das duas soluções se faça “sem constrangimentos de visão bairrista”, e serenou os ânimos mais exaltados com uma convicção: “temos que arranjar uma solução. Se for dentro da cidade, que seja. Vamos equacioná-las – ambas têm projecto, esclareceu –, mas temos que clamar a uma só voz”.

Advertindo que a ESTGOH tem que ter uma “visão internacional”, Farinha salientou que “neste momento ninguém pode desafiar o futuro, olhando só para o seu quadradinho” e sentenciou que “se esta escola não servir para desenvolver a região, então não serve para nada”.

No final deste debate organizado pela Associação de Estudantes (AE) da ESTGOH, precisamente no dia Mundial do Estudante, a AE apresentou um inquérito de rua em vídeo, onde muitos dos inquiridos revelaram desconhecer o significado da marca ESTGOH. É um problema de “falta de notoriedade” que Nuno Fortes, especialista em marketing, se comprometeu a tentar ultrapassar.

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